Claryssa Amorim
Única News
Em propaganda eleitoral desta quinta-feira (29), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) falou sobre investigação do vídeo em que aparece recebendo dinheiro, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, quando ainda era deputado estadual.
No vídeo, Valdecir Cardoso, ex-servidor do gabinete de Silvio Correia e que foi o responsável por instalar a câmera que filmou os deputados no Palácio Paiaguás, isenta o prefeito de qualquer ato ilícito.
Valdecir confirmou que o valor recebido por Pinheiro era relativo a uma dívida que Sílvio Correa, então chefe de gabinete de Silval, tinha com o irmão de Emanuel, o empresário Marco Polo, “Popó”.
“Como eu tinha sido usado para centralizar a câmera, imaginei que seriam gravados todos que estavam lá atrás. Adentrei na sala do Sílvio e falei: ‘o Emanuel está aí e veio pela recepção. Ele quer falar com você sobre a dívida do Popó’”, recordou Valdecir.
Ele afirmou que, na ocasião, já tinha conhecimento sobre a dívida contraída por Sílvio com o irmão de Emanuel, bem como que o próprio Popó já havia lhe falado que pediria ao irmão para interceder junto a Silvio e ao governador.
“Emanuel não estava na lista para ser gravado lá. Com Emanuel acho que foi injustiça. Eu ia fazer o que? Eu não podia tirar o Emanuel de lá, falar pra ele... falar nada. Porque empregado é empregado né. Quando eu vi o vídeo na televisão, em casa mesmo já falei pra minha esposa: ‘Emanuel não tem nada a ver com o pessoal que estava lá atrás’”, disse Valdecir.
Ainda no programa, o prefeito Emanuel Pinheiro reiterou que foi ao Palácio naquela ocasião exatamente porque o gabinete do governador devia valores a seu irmão.
“Ele [Popó] estava precisando, me pediu para ajudar a cobrar e eu concordei. Recebi apenas parte da dívida em dinheiro. O resto do pagamento seria feito em três cheques, que depois foram devolvidos porque estavam sem fundo”, disse o emedebista.
Emanuel afirmou que os fatos estão devidamente documentados no processo da Justiça Federal e confirmados, inclusive, pelo próprio delegado da Polícia Federal no inquérito policial.
O prefeito lembra que não se manifestou sobre os fatos anteriormente, uma vez que o inquérito corria em sigilo de justiça. Desta forma, ele não devia e não podia falar.
“Na prefeitura, a gente tem trabalhado muito e feito grandes obras, com total transparência. Nenhuma dessas obras teve qualquer tipo de questionamento. Quando houve problemas com auxiliares, como acontece em qualquer gestão, eu os afastei imediatamente. Cuiabá segue com um modelo de gestão que prioriza quem mais precisa, os mais carentes”, concluiu.
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