Cuiabá, 18 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 18 de Maio de 2022, 09:20 - A | A

18 de Maio de 2022, 09h:20 - A | A

POLÍTICA / CULPA DA PETROBRAS

Mendes evita criticar Bolsonaro e diz que “não adianta mudar o foco” sobre discussão do ICMS

Thays Amorim
Única News



O governador Mauro Mendes (UB) evitou criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em relação à ação ajuizada pelo Governo Federal no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que derrubou trechos da política tributária adotada pelos Estados.

A polêmica ocorreu devido ao aumento do diesel para as distribuidoras, anunciada pela Petrobras no dia 10 deste mês. O Governo Federal afirma que a “prática de alíquotas assimétricas onera significativamente os contribuintes”, apesar do imposto estar congelado desde novembro.

Mendes não criticou diretamente a ação ajuizada por Bolsonaro no Supremo, mas enfatizou que o grande vilão é a política de preços da Petrobras, que segue o mercado internacional, em dólar, o que aumento os custos nas bombas.

LEIA MAIS: STF atende pedido de Bolsonaro e derruba decisão sobre ICMS do diesel; Governo de MT promete recorrer

“Não adianta querer mudar o foco do ICMS, ele estava congelado desde novembro do ano passado, todo mundo sabe disso, e o preço da gasolina e do diesel continua aumentando. Então, não adianta tampar o sol com a peneira, o grande vilão desse negócio chama-se Petrobras e a política de preços que ela está praticando no Brasil, dando lucro recorde, como nunca deu antes na história desse país, e um lucro que está sendo construído na base de preços altos e que está penalizando todos nós brasileiros”, pontuou, em entrevista à imprensa na última segunda-feira (16).

Recentemente, Mauro ganhou a “benção” de Bolsonaro, garantindo a permanência do chefe de Estado em seu palanque eleitoral. O governador pontuou que segue respeitando o presidente, mas que não irá mudar a sua opinião em relação ao ICMS por questões eleitoreiras.

“Eu não estou preocupado com essa questão política, eu não vou mudar a minha coerência e muito menos os meus pensamentos só por uma questão eleitoral. Eu continuo respeitando o presidente Bolsonaro, como respeito a todos os poderes constituídos, mas a verdade é uma só, o preço do combustível no país é alto porque a Petrobras está praticando [preços altos]”, disse.

Ao ser questionado se irá recorrer da decisão do Supremo que suspende descontos nas alíquotas de ICMS do diesel, o governador afirmou que a questão será analisada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) divulgou uma nota garantindo que irá buscar o STF para reverter a decisão.

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