Claryssa Amorim
Única News
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ainda não confirmou se as aulas da rede municipal devem retornar de forma presencial em fevereiro deste ano, mas vem discutindo com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 a possibilidade de ensino híbrido – presencial e online – para manter a segurança em relação à pandemia.
Na próxima quinta-feira (14) o prefeito participa de uma reunião com o Comitê, Secretaria de Saúde e de Educação, para definir como será o retorno das aulas em 2021.
Emanuel comentou que, por estar enfrentando uma segunda onda da pandemia, teme pelo retorno das aulas presenciais, pois se preocupa com a segurança das crianças. Com isso, existe a possibilidade de implantar um ensino híbrido.
“É uma alternativa, mas ainda não sabemos. Precisamos superar esse prejuízo de um ano inteiro sem aulas. Essa alternativa não é ‘goela abaixo’ que o prefeito vai impor, é discutindo com as pessoas capacitadas. Temos que estudar até onde podemos ir sem apresentar risco às crianças, trabalhadores, os profissionais da área”, disse.
O prefeito explicou que a rede privada tem pedido o retorno das aulas para o início de fevereiro, alegando falimento. No entanto, ele tem receio de autorizar o retorno ao enfrentar a segunda onda da pandemia.
Ele comentou que, além da segurança das crianças, o que o preocupa é a crise financeira que as unidades privadas vêm enfrentando, pois sem funcionamento durante um ano, muitos pais desistiram de pagar as escolas.
“O que me preocupa são as crianças, mas também existe uma crise social sem precedentes na rede privada. Mais unidades estão ameaçando fechar, porque realmente: como suportar um ano sem abrir a escola? A rede pública consegue, porque a prefeitura mantém os salários em dia e consegue manter as unidades. Já na rede privada, vem a quebradeira em massa. Existe um fantasma muito grande, um caos na nossa rede privada, estou discutindo com o setor para tentar solucionar o problema”, disse Pinheiro.
Pinheiro lembrou que, quando autorizou no ano passado a volta da educação infantil na rede privada, os cursos técnicos e de idiomas, determinou algumas medidas de segurança e biossegurança e “deu certo”, segundo ele.
No entanto, disse que a preocupação que vem sendo discutida com o Comitê é o retorno dos demais períodos.
“Essa equação não é fácil. Liberei ano passado a educação infantil, idiomas e cursos técnicos, então deu certo. Estão todos vivos. Agora, como fazer com os demais períodos, estou bem preocupado, vamos avançar na discussão que teremos [reunião quinta-feira]. Estou preocupado com a rede de emprego da rede privada, mas temos que ter segurança. Essa equação muito complicada, juntos vamos achar a solução”, finaliza o prefeito.
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