16 de Abril de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 15:31 - A | A

28 de Novembro de 2024, 15h:31 - A | A

POLÍCIA / CINCO FORAM PRESOS

OAB-MT diz ter colaborado com investigações contra envolvidos na morte de Nery

Em nota pública, a Ordem afirmou ainda que "não hesitou em cobrar as autoridades policiais, a quem compete investigar e elucidar o crime"

Christinny dos Santos
Única News



A Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Mato Grosso (OAB-MT) afirmou que acompanha a Operação Office Crime, que teve como alvos advogados investigados por envolvimento com a morte do ex-presidente da seccional, o advogado fundiário Renato Nery, que morreu após ser baleado em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.

Em nota pública, a Ordem afirmou ainda que "não hesitou em cobrar as autoridades policiais, a quem compete investigar e elucidar o crime". Além da operação, a OAB informou que vem acompanhado toda apuração do caso desde o início.

Leia tudo sobre o caso aqui

Advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Gomes Nery foi baleado na no dia 05 de julho deste ano. Um dos disparos atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Ainda em julho, o delegado de Polícia Civil, Bruno Abreu Magalhães, responsável pela investigação da execução, adiantou ao Única News que a principal linha de investigação do crime já era a disputa de terras. Ao deflagrar a Operação Office Crime, as autoridades confirmaram que a motivação foi a disputa por terras em Novo São Joaquim.

Dezoito dias antes de ser executado, Nery procurou a OAB e registrou uma denúncia contra Antonio João de Carvalho Junior, colega de profissão e um dos alvos da operação, por um suposto “conluio” envolvendo também outros profissionais. Nesse processo, Renato acusou o colega de se apropriar e negociar uma área de 2.579 hectares, que ele havia recebido como honorários de uma de reintegração de posse de uma terra de 12.413 hectares, localizada no leste do estado.

Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.

Em nota, a OAB disse que um procedimento ético-disciplinar foi instaurado para apurar as denúncias feitas por Renato Gomes Nery. Mas afirmou que o profissional não pediu nenhum tipo de proteção institucional.

A Operação

A Operação Office Crime para cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra os advogados: Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo; e o casal de empresários: Cesar Jorge Sechi Julinere Goulart Bastos.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que um “escritório do crime” foi criado por advogados ligados à disputa judicial para encomendar a execução. Os mandados contra os advogados, que atuavam no mesmo escritório, foram cumpridos em Cuiabá, e contra o casal de empresários em Primavera do Leste.

Investigações

Em 30 de julho deste ano, 24 dias após a morte de Renato, a DHPP cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá), Cuiabá e Várzea Grande, para colher informações que contribuíram com as investigações. Já em setembro, foi realizada uma perícia complementar, para auxiliar na identificação do pistoleiro que executou o crime.

Além disso, o inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri foi compartilhado o delegado Bruno Abreu Magalhães, que investiga a morte de Nery para encontrar possívei semelhanças nos casos e indicar se existe, ou não, relação entre os dois. Advogados especialistas em litígio sobre propriedades rurais, os dois foram executados com apenas sete meses de diferença.

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