21 de Abril de 2025
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POLÍCIA Domingo, 24 de Dezembro de 2023, 14:11 - A | A

24 de Dezembro de 2023, 14h:11 - A | A

POLÍCIA / DENÚNCIA ANÔNIMA

Mandante da morte de advogado, farmacêutica tentava vender terras para fugir do Brasil

Aline Almeida
Única News



Reprodução

MARIA ANGÉLICA, ROBERTO ZAMPIERI.jpg

No detalhe, a empresária Maria Angélica Caixeta, suposta mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri.

Apontada como mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, a farmacêutica e empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, planejava uma fuga para fora do Brasil. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa neste sábado (23). O advogado foi morto no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Maria Angélica teria contratado o executor com a ajuda de um intermediador. O trio foi preso em Minas Gerais.

Maria Angélica já era tratada como suspeita por estar envolvida em uma disputa agrária em que Zampieri e foi presa após uma denúncia anônima. "No decorrer das investigações, chegou uma denúncia anônima de que Maria Angélica estaria vendendo a área de terra dela, a fazenda dela, a qualquer preço, para ir embora do Brasil. Com essas informações, a gente pediu ao judiciário a prisão temporária", explicou o delegado Edson Pick.

Zampieri teria advogado um tempo a favor de Maria Angélica, mas mudou de lado no decorrer da mesma disputa agrária. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga se essa é a motivação do crime. A empresária foi condenada a pagar indenização de R$ 200 mil a Zampieri, devido a supostas ameaças e ofensas. A condenação ocorreu uma semana antes do crime.

Entenda

Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório do qual era sócio, no bairro Bosque da Saúde. O jurista foi executado com 10 tiros de pistola dentro de sua picape, uma Fiat Toro de cor branca, no momento em que se preparava para ir embora, após o dia de trabalho. Com base nas imagens de câmeras de segurança, a polícia conseguiu chegar até o executor.

Antônio Gomes da Silva foi preso quarta-feira (20), na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. A prisão contou com apoio do Departamento Estadual de Homicídios, da Polícia Civil de MG. Após sua prisão, o executor do crime foi encaminhado à capital mineira, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá. Apesar das várias mentiras e versões, Antônio Gomes confessou o crime.

No mesmo dia, a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada nas investigações da DHPP como mandante do homicídio do jurista Roberto Zampieri, foi presa na cidade de Patos de Minas, sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município. A suspeita foi presa no pátio de um posto de combustíveis, portando consoigo uma pistola 9mm – o mesmo calibre usado na morte do advogado em Cuiabá. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou sua participação no crime, afirmando não ter encomendado a morte de Roberto.

Já na sexta-feira (22), também com apoio da DHPP da Polícia Civil de Minas, o terceiro envolvido na morte de Zampieri foi preso: o instrutor de tiro e veterano do Exército Brasileiro, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como o intermediador do crime, responsável por contratar o atirador, a pedido de Maria Angélica.

As investigações da DHPP de Cuiabá apontaram que, após contratar o pistoleiro pelo valor de R$ 40 mil, Hedilerson despachou para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, data do crime, uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome. O encontro entre intermediador e o assassino para entrega da arma ocorreu em um hotel da capital de MT, onde os dois ficaram hospedados naquele dia. O trio foi recambiado para Cuiabá neste sábado (23).

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