21 de Abril de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 24 de Outubro de 2024, 11:15 - A | A

24 de Outubro de 2024, 11h:15 - A | A

POLÍCIA / VENDA DE SENTENÇAS

Lobista alvo de operação da PF em Cuiabá era conexão de Zampieri com tribunais de Brasília

Única News
Da Redação



O empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, alvo da Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, em Cuiabá, é apontado como o interlocutor do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, com tribunais de Brasília, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em um esquema de venda de sentenças descoberto após perícia no celular de Zampieri.

As conversas que estavam no celular de Zampieri apontaram relações suspeitas do advogado com magistrados e fundamentaram o afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em 1º de agosto.

Andreson era a conexão de Zampieri com tribunais de Brasília, segundo as investigações, e negociava decisões em gabinetes do STJ.

Na investigação sobre o TJ-MS, o empresário é relacionado a suspeitas sobre o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues.

Segundo dados obtidos pela PF na nuvem do celular do magistrado, o desembargador trocava mensagens ao menos desde 2018 com o empresário, "demonstrando que possuem contato atual e aparentemente muito próximo".

Andreson foi alvo de busca e apreensão em seus endereços em Brasília e Cuiabá, no condomínio Alphaville, e de quebra de sigilo bancário e fiscal. (Com informações Folha S. Paulo)

A operação de hoje culminou no afastamento de cinco desembargadores de Mato Grosso do Sul: Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marco José de Brito Rodrigues.

Em Mato Grosso, outros dois desembargadores estão afastados, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, desde agosto deste ano, também por suposto envolvimento no esquema de venda de sentenças envolvendo Zampieri.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso informou que ainda não foi notificado a respeito da operação de hoje. "O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informa que não foi notificado sobre a Operação da Polícia Federal, bem como sobre mandados a serem cumpridos em nosso Estado. Diante disso, o TJMT não se manifestará sobre o tema."

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão:

lavagem de dinheiro;
extorsão;
falsificação;
organização criminosa.

A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal e foi batizada de "Ultima Ratio", um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

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