Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2020, 17:53 - A | A

21 de Dezembro de 2020, 17h:53 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO MILIONÁRIA

Fraude no Ganha Tempo vira notícia nacional e empresa culpa CGE de relatório fraudulento

Da Redação
Única News



O programa Domingo Espetacular, da TV Record, noticiou em rede nacional nesse domingo (20), a Operação Tempo é Dinheiro, deflagrada em Mato Grosso que investiga irregularidades cometidas pela empresa Rio Verde, que administra unidades do Ganha Tempo no Estado.

Conforme noticiado, a fraude nas unidades chegaria a R$250 milhões caso fosse administrada pela empresa, que assinou contrato com o governo em 2016 durante a gestão de Pedro Taques. Ela aturaria durante 15 anos, mas em apenas um ano de atuação surgiu as primeiras denúncias.

As investigações apontam registro de serviços para mil pessoas que morreram e atendimentos que duravam cerca de 1 segundo. São 37.922 atendimentos a CPF inválidos.

Até o momento foi descoberto o desvio de R$13 milhões. No dia 1 de setembro, a operação foi deflagrada e foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão e decretadas medidas cautelares contra os gerentes de unidades e gestores da empresa.

O processo de investigação teve início após o governador Mauro Mendes ter solicitado que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Controladoria Geral do Estado (CGE) analisassem supostas irregularidades que estariam sendo cometidas pela empresa. Uma auditoria da CGE apontou a existência de indícios de ilegalidades.

Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 6.366,858,81 nas contas da empresa e de seu sócio administrador, valor correspondente ao provável prejuízo sofrido pelo Estado dentro do que foi apurado em relação a pagamentos de atendimentos com indícios de fraude, no período de março de 2018 a janeiro de 2020.

Outro lado

A reportagem procurou a defesa da empresa. Eles alegaram que o relatório da Controladoria-Geral do Estado é fraudulento e tem o objetivo de prejudicar a concessionária.

Alegaram ainda que a verdade está do lado dos dirigentes da empresa, que nunca praticaram momento de ilícito.

A investigação

Segundo o que foi apurado, foram encontrados indícios de lançamento de atendimentos fictícios por parte da empresa, gerando uma contraprestação estatal indevida. Também foram apontadas condutas por parte da empresa no sentido de dificultar a fiscalização da regularidade dos atendimentos por parte dos órgãos de controle.

A CGE avaliou em relação ao período de março de 2018 a fevereiro de 2019 que o cômputo de atendimento irregulares gerou um aumento indevido de 39,4% no valor pago por atendimento efetivamente prestado. Em outra auditoria estimou que no período de 2019 a 2032, o Estado deva desembolsar cerca de R$ 500.261.550,00 com este contrato, sugerindo a correção de inconsistências que, se adequadas, reduziriam esse custo para a ordem de R$250.425.932,00 gerando uma economia de quase R$ 250 milhões aos cofres públicos.

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