Única News
Da redação
A enteada do desembargador João Ferreira Filho, Alice Terezinha Artuso, é um dos alvos da segunda fase da Operação Sisamnes deflagrada nesta sexta-feria (20). Ela estaria lavando o dinheiro de um esquema suposta compra e venda de decisões judiciais em Mato Grosso, ivestigada pela Polícia Federal.
Alice deixou um cargo no Tribunal de Jutiça de Mato Grosso (TJMT) e atualmente exerce uma função de gerência na Assembleia Legislativa do Estado.
Durante o cumprimento de mandado, Alice teria sido flagrada com Cetamina, uma droga considerada anestésica cuja aplicação pode ser realizada apenas por profissionais, conforme prevê a legislação - no entanto, o medicamento vendido sob a denominação comercial Ketalar, Cetamin, entre outros, também é usado ilícitamnete de maneira recraativa como droga psicodélica. Por esste motivo, a servidora precisou prestar depoimento na sede da PF em Cuiabá.
Segundo as investigações, foram detectadas sucessivas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com aparente propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos.
Nesta fase da operação, foram recolhidos os passaportes dos investigados, devido a proibição de deixa o país, e também foram bloqueados R$ 1,8 milhão dos alvos. Além disso, ficou determinado o sequestro dos imóveis adquiridos por um Magistrado, bem como afastamento das funções públicas de todos.
Operação
A primeira fase da operação foi deflagrada em 26 de novembro detes ano. Durante as investigações, que tiveram início após a descoberta da relação íntima entre Zampieri e os dois desembargadores, descobriu-se a rede de corrupção que envolve também ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assessores de gabinete, lobistas e desembargadores de outros estados.
Entre os principais alvo da operação estavam os desembargadores João Ferreira Filho, padrasto de Alice, e Sebastião de Moraes Filho, do TJMT. Os dois estão afastados do cargo desde o dia 1º de agosto por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após investigações apontarem que os magistrados mantinham "amizade íntima" com Roberto Zampieri, advogado executado em dezembro de 2023, e tomavam decisões judiciais de acordo com interesses próprios.
Conforme a apuração da Polícia Federal, os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses. Também são investigadas negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais antes que elas fossem deflagradas.
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