Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 11 de Agosto de 2020, 11:46 - A | A

11 de Agosto de 2020, 11h:46 - A | A

POLÍCIA / PEDIU MANDADO

Cestari barrou entrada de PMs no Alphaville no dia da morte de Isabele

Elloise Guedes
Única News



O empresário Marcelo Martins Cestari, de 46 anos, pai da adolescente B.O.C., que atirou e matou Isabele Guimarães, tentou impedir o acesso de policiais militares no condomínio Alphaville I, alegando que teriam que apresentar mandado judicial para ter acesso à cena do crime. Esse relato consta nos depoimentos da equipe que foi acionada pelo Ciosp para atendimento da ocorrência de disparo de arma de fogo, na casa do empresário, na noite de 12 de julho.

Ainda de acordo com o depoimento, os militares, comandados pelo tenente PM Pedroso, disseram que só tiveram a entrada autorizada com o acompanhamento de um segurança do condomínio, pois ao chegarem no local, o porteiro informou que o morador da casa onde aconteceu o fato estava pedindo para a equipe apresentar um mandado judicial.

Um dos policiais disse durante o depoimento, que, quando chegou no local, já se encontrava presente uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e também o advogado da família Cestari, Rodrigo Pouso.

Ele também viu o corpo de Isabele e disse que escorria muito sangue pela cabeça, que seguiu até o ralo do banheiro. O policial citou também a chegada de um policial civil à paisana e do presidente da Federação de Tiro e também PM, Fernando Rafael, que foi fardado até a cena.

Fernando disse durante o depoimento que foi no local do crime pelo fato de envolver praticantes da modalidade de tiro esportivo. Seu objetivo seria “ajudar a polícia” caso houvesse alguma dúvida em relação à legislação específica. Ele afirmou, também, que a relação dele com Marcelo é apenas profissional e não tem nenhum grau de intimidade.

Patrícia Ramos, mãe de Isabele, afirmou em depoimento que viu um policial, que não fazia parte da equipe de investigação, circulando na casa onde o crime aconteceu. Segundo ela, dois homens ‘agitados e prepotentes’ deixaram o local do crime em um carro ‘cantando pneu’. A placa do veículo foi anotada e entregue à polícia.

Também durante depoimento, o médico Wilson Melo Novais, amigo da família da Isabele, os policiais no local, que foram chamados pelo empresário, agiam como seus "seguranças".

Segundo o médico, que foi chamado ao local pela mãe de Isabele, após a saída do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o isolamento do local, dois homens chegaram à paisana em um Citroen C4 da Polícia Civil e entraram na residência, confirmando as informações passadas por Patrícia.

A presença dos dois servidores, que não estavam trabalhando no dia e não faziam parte da equipe de investigação do caso, é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil. Um deles é da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A conduta do presidente da Federação de Tiro, também está sendo investigada pelo MPE.

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