Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 09 de Setembro de 2020, 15:48 - A | A

09 de Setembro de 2020, 15h:48 - A | A

POLÍCIA / EXCLUSIVO

Áudios e vídeo comprovariam chantagem e esquema para ‘demolir’ imagem de advogado

Euziany Teodoro
Única News



O advogado Eduardo Mahon, representante de Cleverson Contó em relação às denúncias de agressões contra ex-companheiras, afirmou que seu cliente é vítima de extorsão e denunciação caluniosa pelas mulheres. Uma delas, segundo ele, teria cobrado o pagamento de R$ 500 mil, em um acordo extrajudicial, para não expor Contó.

Diante da negativa de pagar pela “chantagem”, de acordo com Mahon, essa mulher teria passado a procurar outras ex-namoradas de Cleverson Contó, pedindo que elas o denunciassem – mesmo sem provas – para depois dividirem a indenização.

A acusada de armar esse esquema é Mariana Vidotto, a primeira a expor as supostas agressões, o que, segundo ela, encorajou outras mulheres de trazerem seus casos a público.

Áudios e vídeo a que o Única News teve acesso, com EXCLUSIVIDADE, mostram duas situações: em um deles, uma ex-namorada, cujo nome não divulgaremos, conta para outra pessoa que Mariana a procurou e teria pedido para que mentisse em denúncia contra Contó. Ouça:

Na segunda situação, vídeo de um print e áudio de uma conversa entre Mariana e uma outra ex-namorada de Cleverson, a mulher é abordada por Mariana e diz em resposta que o advogado nunca fez mal a ela. No decorrer da conversa, Mariana ainda teria proposto se unirem em ações por dano moral e divulgação de imagem não autorizada. Veja:

De acordo com Eduardo Mahon, a defesa protocolou todos os arquivos multimídia que Cleverson possuía relacionados às mulheres que o acusam. Os arquivos e documentos foram entregues ao Ministério Público e Delegacia Especializada da Mulher, onde pediram perícia sobre o conteúdo e investigação sobre as denúncias.

Para Mahon, que diz ter visto todas as provas antes de levá-las às autoridades, seu cliente realmente está sendo vítima de uma armação.

“Assumi o caso desde ontem, perplexo com a coordenação dessas mulheres para demolir a imagem do Dr. Contó. De antemão, devo afirmar que, caso haja a comprovação de uma injusta agressão que não reflita uma proporcional reação à agressão anterior, ele deve ser responsabilizado. Mas nunca por meio do patíbulo das redes sociais e sim por meio de um magistrado isento, equilibrado o suficiente para diferenciar o que é fato comprovado do que é uma tentativa de extorsão”, disse.

Outro lado

Por meio de nota, assinada pelo advogado Francisco Faiad, Mariana afirma que quem propôs pagar R$ 500 mil, em acordo de dissolução de união estável, foi Cleverson Contó.

Ela afirma não ter assinado o acordo, porque nele continha a cláusula de silêncio, para que ela não tocasse em seu nome ou falasse sobre a relação deles. No entanto, mesmo sem assinar, acabou sendo alvo de uma liminar, que a impede de citá-lo. A multa prevista é de R$ 20 mil a cada declaração.

Veja a íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA

Com relação às acusações de extorsão feitas pelo advogado Cleverson Contó, a defesa de Mariana Vidotto, esclarece que, em nenhum momento, houve pedido de R$ 500 mil para que a denúncia de agressão e estupro fosse retirada ou divulgada.

Os áudios divulgados hoje, tirados totalmente de contexto, apontam uma conversa entre os advogados de Mariana e Cleverson, com o intuito de discutir a dissolução de união estável. Era dissolução de união estável em razão de terem vividos, como se casados fossem, sob o mesmo teto.

O acordo proposto pelos advogados era para acertar os valores pelos bens adquiridos durante a união estável, a chamada meação. Nestes casos, quando há dissolução, aquilo que é adquirido pelo casal tem que ser repartido em 50% para cada um.

Informamos que Mariana se recusou a assinar o acordo devido a uma cláusula de silêncio proposta por Cleverson. O termo acordava que a vítima jamais poderia citar os episódios de violência sofridos durante a relação.

O senhor Cleverson Contó tentou incluir isso e Mariana não aceitou o acordo. Por isso a vítima não recebeu absolutamente nenhum valor a título de meação pela união estável que foi dissolvida. Ratificamos que não há nenhum tipo de extorsão. Tanto é verdade que Mariana não aceitou sequer receber a parte que ela teria direito pela divisão pela união estável que tiveram.

Por fim, lamentamos a tentativa da defesa de Clerverson Contó em querer inverter os fatos e esconder os atos violentos cometidos pelo advogado contra diversas vítimas distintas que já relataram as agressões sofridas às autoridades policiais.

Francisco Faiad

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