Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 26 de Abril de 2022, 10:37 - A | A

26 de Abril de 2022, 10h:37 - A | A

JUDICIÁRIO / DADOS FALSOS

Paccola alega “motivos particulares” e Justiça adia julgamento por falsidade ideológica

Thays Amorim
Única News



O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Militar de Cuiabá, adiou o julgamento do vereador por Cuiabá, o tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que deveria ocorrer nesta terça-feira (26) para o dia 03 de novembro. Nos autos, a defesa alegou motivos particulares devido à possibilidade de ausência do seu advogado.

Paccola responde por falsidade ideológica, após inserir uma informação falsa para alterar o cadastro de uma arma de fogo.

“Considerando a manifestação do Advogado, que utiliza de sua prerrogativa de ausência no dia da Sessão de Julgamento, conforme autoriza o art. 431, §5º, do CPPM, não resta alternativa senão a redesignação do Julgamento para o dia 03 de novembro de 2022, às 13h30min, determinando as intimações dos réus para que, em sendo o caso, constituam advogado para comparecer na próxima Sessão de Julgamento, advertindo-os de que na próxima ausência injustificada dos Defensores nomeados, serão substituídos por outros, nos termos do art. 431, §5º (in fine), do CPPM”, diz trecho da manifestação.

A denúncia, do Ministério Público Estadual (MPE), foi assinada pelo promotor de Justiça Henrique Amaral Motta, da 13ª Promotoria Criminal da Capital. No final da ação, o promotor cita a possibilidade da exclusão de Paccola da Polícia Militar, com a eventual perda de patente.

Paccola foi alvo da Operação Coverage, que investigou o caso, e chegou a ser preso no dia 09 de setembro de 2019. Entretanto, a prisão foi revogada pelo juiz João Bosco Soares da Silva no dia 13 do mesmo mês.

As declarações do MPE constam em um memorial ajuizado no fim de novembro do ano passado. Segundo a denúncia, Paccola, em conjunto com os denunciados Tenente PM Cléber de Souza Ferreira e o Sgt Berison Costa e Silva, teriam atuado entre os meses de maio a agosto para falsificar a verdadeira origem, propriedade e posse de uma Glock calibre 9mm.

A pistola pertencia ao tenente Cléber, acusado de participar de um grupo de extermínio denominado “Mercenários”. Os militares citados teriam inserido dados falsos no Sistema de Registro e Gerenciamento de Arma de Fogo da PMMT, para impedir a sua verdadeira identificação. A Glock em questão teria sido utilizada em alguns crimes de homicídio, apurados em inquéritos policiais.

A arma, que foi adquirida em 2015 pelo tenente Cléber de Souza Ferreira, foi adulterada em nome da Polícia Militar, fazendo crer que seria parte do patrimônio do efetivo.

“No entanto, tal informação não procede, uma vez que, segundo o Exército Brasileiro, a arma de fogo número de série BFY608 foi adquirida pelo cidadão Cléber de Souza Ferreira”, aponta o MP.

Em nota, encaminhada no mês de janeiro deste ano, Paccola admitiu ter alterado os dados no Sistema de Registro e Gerenciamento de Arma de Fogo da PMMT para evitar a condenação do tenente Cléber de Souza Ferreira. O vereador afirmou que assumiu a autoria do ato à Corregedoria da PM e do MPE.

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