Ari Miranda
Única News
O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, determinou que o médico Bruno Gemilaki Dal Poz (29), a fazendeira e mãe de Bruno, Inês Gemilaki (49), e o cunhado dela, Edson Gonçalves Rodrigues, sejam levados a Júri Popular pela tentativa de chacina, que resultou nas mortes de Pilson Pereira (80) e Rui Luiz Bogo (68), no município de Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá), em 21 de abril do ano passado.
Eles serão julgados por dois homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, agravados por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. A data em que eles irão ao banco dos réus, no entanto, ainda não foi divulgada.
Inês, Bruno e Eder foram presos dias após a tentativa de chacina, onde outras duas pessoas acabaram feridas, após invadirem a casa do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como “Polaco” e que seria o alvo de mãe e filho, em razão de uma dívida de aluguel dos assassinos no valor de R$ 60 mil.
A tentativa de chacina foi registrada pelas câmeras de segurança do local do crime. (Veja o vídeo no final desta matéria)
Em sua defesa, Inês afirmou que matou Rui porque o confundiu com “Polaco”, que cobrava dela a dívida de R$ 60 mil. Além disso, a fazendeira disse à Justiça que “não possuía plenamente suas capacidades de autodeterminação” no momento do crime, por isso se confundiu. Já Pilson teria sido morto de forma aleatória, por um dos vários disparos feitos por ela e seu filho no momento da invasão.
Já o médico Bruno Gemilaki é acusado de disparar contra o garimpeiro, que conforme as investigações, ficou comprovado pelos cartuchos deflagrados da espingarda calibre 12 do médico no sofá da sala de Enerci, que teria usado o móvel como escudo no momento do ataque de mãe e filho.
Eder por sua vez, foi indiciado por dar suporte à ação de mãe e filho, tanto na contenção de pessoas que porventura pudessem intervir na execução da tentativa de chacina, quanto no suporte à fuga dos assassinos.
Para o magistrado, a motivação do crime foi fútil e a reação dos acusados desproporcional, “evidenciando sua natureza injustificada”.
“Assim sendo, reputo que as provas colhidas são suficientes para submeter o réu a julgamento pelo Júri Popular, que é o juiz natural dos crimes dolosos contra a vida”, decidiu o juiz.
(Foto: Reprodução/Montagem)

Inês Gemilaki matou os idosos Pilson Pereira e Rui Luiz Bogo no dia 21 de abril de 2024
RELEMBRE O CASO
Inês e Bruno, armados com um revólver calibre 38 e espingarda calibre 12, respectivamente, invadiram a residência, onde um grupo de amigos havia acabado de participar de um almoço em comemoração ao aniversário de Enerci, que se tornou desafeto de Inês após ela sair de um imóvel dele e deixar para trás a dívida de R$ 60 mil, motivo pelo qual entraram em uma disputa judicial.
Nas imagens de câmeras da residência, mãe e filho chegam ao local, momento em que Bruno, armado com uma espingarda .12 atira contra a vidraça da residência.
Após quebrar o vidro, Inês invade a casa de revólver em punho e atira contra outras duas vítimas. Entre elas, o padre José Roberto Domingues, que levou um tiro na mão e sobreviveu. Todavia, o dono da residência, que era o alvo principal da dupla de atiradores acabou escapando, já que a arma utilizada por Inês acabou falhando três vezes quando ela tentou atirar.
Após o crime, mãe e filho fugiram do local e foram filmados minutos depois comprando bebidas alcoólicas em uma conveniência, agindo como se estivessem “comemorando” as mortes das vítimas.
Os dois foram presos dois dias depois do crime em uma fazenda de propriedade de Inês, na zona rural de Peixoto de Azevedo.
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