Christinny dos Santos
Única News
Em depoimento, o instrutor de tiro Hedilerson Fialho Barbosa, réu no processo que investiga o homicídio do advogado Roberto Zampieri, disse que considera o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar o crime, como um "pai". Segundo Barbosa, a relação dos dois é tão próxima que o militar se tornou uma espécie de "consultor" em sua atual defesa.
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro de 2023, quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros de pistola 9mm.
Foram indiciados pela Polícia Civil, em fevereiro deste ano, o executor do crime, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson que agiu como intermediário na contratação do assassino e Caçadini, que teria financiado a contratação do atirador.
Hedilerson Barbosa foi ouvido nessa terça-feira (10), durante audiência de instrução e julgamento, conduzida pela juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
Segundo Hedilerson, ele o coronel do Exército são muito próximos e Caçadini acabou se tornando um pai para ele. “O coronel Caçadini é um amigo meu, nós temos certa amizade e ele é igual um pai para mim. Como se fosse um pai… Me ajudou muito com questão de indicação de pessoas na minha área de atuação”, afirmou Barbosa.
“Então, o coronel Caçadini se tornou no grupo ali, meio que um consultor, para dizer quais seriam as melhores atitudes a tomar. (inaudível) de planejar, de estruturar a minha defesa”, completou, explicando que sua família tem pouco conhecimento jurídico, por isso o militar se tornou importante nesse processo.
O caso
O inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri, concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, em 09 de julho deste ano. A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi uma disputa de terras em que o advogado atuava, no município de Paranatinga.
A Polícia Civil também conseguiu comprovar o elo entre o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo e o coronel, que juntos planejaram a execução de Roberto Zampieri. O produtor rural foi indiciado pelo crime, mas responde a um processo separado e cumpre apenas medidas cautelares.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3