21 de Abril de 2025
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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 18:51 - A | A

04 de Setembro de 2024, 18h:51 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO ZAMPIERI

Coronel do Exército alega problemas de saúde e pede transferência para presídio militar em MG

Ele necessita de tratamento médico e atendimento psicológico contínuo para que sua saúde seja preservada, apontou a defesa do réu, que alegou que tais serviços são mais adequados e acessíveis em Belo Horizonte

Christinny dos Santos
Única News



O coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini Vargas, réu no processo que investiga o processo o homicídio do advogado Roberto Zampieri, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, alegou problemas de saúde e pediu transferência para o Comando da 4ª Região Militar em Belo Horizonte–MG.

Caçadini foi indiciado pela Polícia Civil em fevereiro deste ano por financiar a morte de Zampieri. Hedilerson Barbosa Fialho, o intermediário, e Antônio Gomes, o executor do crime, também se tornaram réus perante o judiciário. Em julho, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) comprovar o elo entre o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo e o coronel, que juntos planejaram a execução de Roberto Zampieri.

A defesa de Caçadini alegou que ele vem sofrendo com um quadro clinico de gonartrose moderada a grave no joelho direito e também precisa realizar artroplastia total, procedimento cirúrgico, e tratamento ortopédico especializado. Além disso, conforme laudo médico apresentado pelo advogado do Militar, ele também sofre de lombalgia.

Tais questões necessitam não só de tratamento médico como de atendimento psicológico contínuo para que a saúde de Caçadini seja preservada, apontou a defesa do réu, que alegou que tais serviços são mais adequados e acessíveis em Belo Horizonte.

Além disso, o advogado pontou também a importância da família no processo de ressocialização de Caçadini. “No mais, é certo que o contato com a família representa um pilar fundamental e possui valor inestimável para a ressocialização do reeducando, inclusive, um dos princípios que regem o sistema penal é o direito a visitas e assistência familiar, garantido no art. 41 da Lei de Execução Penal (LEP)”, diz trecho da petição protocolizadas pela defesa.

Dada a distância de Belo Horizonte a Cuiabá, 1.575,6 quilômetros, a defesa de Caçadini alegou que o processo de deslocamento da família do militar até a Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso é “excessivamente difícil e oneroso”.

Isto, somado ao fato de que o processo não está em trânsito em julgado, ou seja, ainda cabe recurso, e de que Caçadini “ostenta boa conduta carcerária”, “inexiste motivação idônea para o afastamento do convívio com sua família” e pede a transferência dele para a Organização Militar na Guarnição de Belo Horizonte–MG.

O caso corre na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e o mérito ainda será julgado pelo juiz de direito.

Caso Zampieri

O advogado Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro de 2023, quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros.

Estão presos o executor, Antônio Gomes da Silva, o intermediário que contratou o assassino, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, e o financiador do crime, o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas.

As prisões, parte delas efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte de Belo Horizonte–MG, foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

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