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Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020, 18h:04

‘As feridas ainda não fecharam’, diz Pinheiro sobre reunião com Mauro Mendes

Euziany Teodoro
Única News

Marcus Mesquita

O prefeito reeleito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), falou com o Única News nesta sexta-feira (4) sobre a relação com o governador Mauro Mendes (DEM) e a tentativa de seu partido, o MDB, tentar capitalizar sua vitória depois de abandoná-lo.

O presidente da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, articulou uma reunião com os prefeitos eleitos do MDB e tentou, nesta ocasião, “aproximar” Pinheiro de Mendes, tendo em vista a relação conturbada dos dois principais gestores do Estado.

“É uma situação que eu quero servir de bombeiro. Eu entendi o meu partido, como eu entendi também os meus apoiadores, a nossa militância apaixonada. Houve uma campanha sangrenta, onde fomos muito atacados na nossa reputação, na nossa dignidade, na nossa honra. A nossa militância tomou essas dores e as lideranças políticas, não só do meu partido como dos partidos aliados, a maioria esmagadora não nos apoiou. Apoiaram o nosso adversário ou se omitiram para não desagradar o governador. Então, ficou uma mágoa muito grande, uma indignação muito grande”, explicou o prefeito.

Ao saber da reunião, que aconteceu na quinta-feira, a base aliada de Pinheiro se indignou e ele decidiu não participar. Segundo o prefeito, “as feridas ainda estão abertas”.

“Eles (apoiadores) entendem que o governador desrespeitou não só a mim, mas também a eles, que estavam nos apoiando, com agressões verbais, baixarias, ataques à minha honra e à minha dignidade. Eles se sentiram atacados também, então eles acham que a gente deve construir essa agenda por Cuiabá, mas uma agenda com mais calma, sem essa necessidade de sair correndo, pois as feridas não foram cicatrizadas”, afirmou.

O grupo escolheu que o filho de Pinheiro, deputado federal Emanuelzinho, será o responsável por articular essa aproximação, mas no momento certo, quando “a poeira baixar”.

“O próprio grupo já tinha definido que o deputado Emanuelzinho ia fazer essa ponte, por uma relação institucional, uma reunião institucional por Cuiabá com o Governo do Estado. Então, vamos esperar a poeira baixar, dar tempo ao tempo, usando a serenidade dos dois lados, para a gente poder seguir adiante e continuar trabalhando muito para Cuiabá”, concluiu.