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Sexta-feira, 30 de Outubro de 2020, 18h:06

Leitão nega que usou dinheiro de propina para viagem a Miami: 'É Fake'

Claryssa Amorim
Única News

Carlos Eckert/Única News

Durante entrevista à TV Única, o Senado da República, Nilson Leitão (PSDB), declarou que é “fake” as acusações de que ele teria usado dinheiro de propina e caixa 2 para turismo em Miami e na compra de dólares. Para ele, precisa-se de “vergonha na cara” para se candidatar com problema na Justiça.

As acusações surgiram, após delação do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, em julho deste ano. Segundo Permínio na delação, o ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) e Leitão foram beneficiados na campanha de 2014 com doações não contabilizadas, configurando caixa 2.

“Não tenho versão. É fake. Mentira, não tem nada disso. Tanto que essa ação, se fosse séria, era uma ação criminal. Ninguém está investigando o dólar. Se estivesse investigando esse sentido, estaria na Justiça criminal, mas está na Justiça Eleitoral”, comentou.

Ele continuou dizendo que não foi denunciado por nenhum crime relembrando que foi o primeiro candidato a senador conseguir o registro aprovado na Justiça Eleitoral.

Segundo ele, a delação de Permínio o acusando de participar de esquema foi com a intenção de encaminhar o processo para Brasília e lembrou que ele não foi alvo de nenhuma operação em Mato Grosso por corrupção.

“Quem recebeu essa denúncia escreveu o seguinte: não encontrando o crime de corrupção e lavagem de dinheiro, encaminho para Justiça eleitoral para verificar se houve caixa 2. Estão usando isso há dois ou três anos. Isso não cola mais, nunca fui notificado sobre isso. Fui o primeiro senado a ter o registro aprovado. Não tive nenhum problema, se eu tivesse qualquer problema com a Justiça, não seria candidato, eu tenho vergonha na cara”, esclareceu.

Nilson Leitão é o candidato ao lado de 10 adversários entre Pedro Taques, Carlos Fávaro (PSD), José Medeiros (Podemos), coronel Rúbia (Patriota), Valdir Barranco (PT), Elizeu Nascimento (PSL), Pedro Taques, Euclides Ribeiro (Avante), Procurador Mauro (Psol), Reinaldo Morais (PSC) e Feliciano Azuaga (Novo).

A eleição suplementar ocorrerá excepcionalmente em Mato Grosso, após a cassação da senadora Selma Arruda por abuso de poder econômico e caixa 2. Desde 17 de abril, quando Selma foi retirada do cargo, assume Carlos Fávaro interinamente.