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Quinta-feira, 04 de Junho de 2020, 14h:15

"É muito mais barato abrir leitos do que fechar economia", diz Mauro Mendes

CNN BRASIL

(Foto: Assessoria)

Com casos da Covid-19 em 68% dos 141 municípios do estado, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), disse à CNN, nesta quinta-feira (4), que preferiu abrir leitos, para ter capacidade de atendimento, do que fechar a economia. No entanto, ele disse que não descarta uma paralisação caso julgue necessário.

"Nós nos dedicamos a abrir leitos de UTI. Por mais que isso custe caro, é muito mais barato abrir leitos e ter condições de atender a população do que fechar a economia, porque o dano que isso traz para a vida das pessoas é extremamente grande", afirmou.

Mendes explicou considerar que uma eventual paralisação deve ser feita no momento adequado e criticou governantes que adotaram a medida no início do registro dos casos. "Não sou contra a paralisação, porém, ela tem que acontecer no momento certo, e não no início. Vi prefeitos e governadores que determinaram paralisação quando tiveram os primeiros casos", declarou.

"Ela é um remédio que tem que ser aplicado para diminuir a curva quando ela começa a ficar muito forte, e há um estrangulamento do sistema de saúde. Foram feitas paralisações quando nós estávamos no início e, agora, quando estamos no meio – ou no pico –, está todo mundo abrindo. Aqui, em Mato Grosso, nós ainda não fechamos, por isso que nossa economia vai muito bem", acrescentou.

Sem descartar a possibilidade de um isolamento mais rígido, o governador assegurou que, por enquanto, a meta é continuar criando condições de atendimento. "Em algum momento, talvez seja necessário, e nós vamos fechar. Até lá, vamos abrir leitos, porque é isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) fala, que tem que ter leito para atender aqueles que foram contaminados. Tendo isso temos que ir trabalhando, usando máscara e aprendendo a conviver", concluiu.

Desde o início da pandemia, o governador repassou aos prefeitos que tomem as decisões sobre as medidas para cada município. "O governo do estado passa as orientações e os prefeitos tomam as decisões em cada município, de acordo com a realidade de contaminação", esclareceu.

Ele ainda acrescentou que o Governo do Estado está monitorando os casos, número de UTIS disponíveis e a velocidade de contaminação em cada cidade. "Cruzando esses dois fatores – disponibilidade das UTIs e velocidade de crescimento –, nós classificamos o risco daquela cidade e estamos observando se o prefeito está tomando medidas adequadas. Se não estiver, o governo do estado pode interferir", pontuou.

Segundo dados atualizados da Secretaria Estadual de Saúde, Mato Grosso tem 3.029 mil casos e 80 mortes pela doença, até essa quarta-feira (3).