(Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
A senadora cassada Selma Arruda (Podemos) se tornou alvo de um processo administrativo na Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) por inidoneidade moral, depois que tentou conseguir autorização para advogar em Brasília, mas omitiu que foi cassada por crimes eleitorais pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A abertura do procedimento administrativo foi requerida pela secretária-geral adjunta da OAB-DF, Karina Amorim Sampaio Costa, relatora do pedido de Selma Arruda para advogar pela seccional do Distrito Federal.
A OAB-DF suspendeu o pedido de inscrição feito pela juíza aposentada, em 20 de maio, após a OAB de Mato Grosso ter informado à seccional de Brasília sobre a sua cassação. Diante desta informação, a Ordem da capital brasileira decidiu voltar atrás da sua decisão anterior, que tinha dado o aval para que Selma tivesse autorização para exercer a profissão.
A OAB-MT afirmou, em sua notificação, que Selma não tem "idoneidade moral" para representar o povo, diante de seus próprios atos de corrupção, que levaram à cassação de seu mandato no Senado Federal.
Para instaurar o processo administrativo, a relatora Karina Costa relatou que Selma Arruda omitiu informações a respeito dos processos que respondeu na Justiça, especialmente a ação do TSE que culminou em sua cassação do cargo de senadora e a tornou inelegível. Selma foi cassada pelos crimes de prática de Caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
O pedido da insaturação de processo contra a ex-senadora por inidoneidade moral foi encaminhado ao Conselho Pleno da OAB.