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Quarta-feira, 27 de Maio de 2020, 10h:53

Medeiros lamenta ter "ficado de fora" de operação da PF que apura ameaças ao STF

Euziany Teodoro
Única News

Câmara Federal

O deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros (Podemos), um dos principais defensores do presidente da República, Jair Bolsonaro, não ficou contente de ter sido mantido "de fora" da operação contra fake news e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (27).

Em sua página no Twitter, foi debochado ao dizer que votou do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, mas o deixou de fora.

"Injustiça, votei no ministro Alexandre, estou no Twitter desde 2010, ele manda chamar uma porrada de deputados, chama o marquês gengivão e me deixou de fora. Tenho que ficar explicando, porque não fui chamado, sendo que conto verdades (fakenews para os petistas) todo santo dia", escreveu o deputado.

Twitter

José Medeiros twitter fakenews

 

Em Mato Grosso, a Polícia federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Marcelo Stachin, militante da extrema-direita que mora em Sinop (a 505 km de Cuiabá).

Marcelo é um dos militantes que acampou em Brasília, no início do mês, no chamado "Acampamento dos 300", quando incentivou que a população invadisse o STF e o Congresso Nacional, além de pedir a volta do AI-5 (Ato Institucional 5, que permitia o fechamento do Congresso, a cassação de mandatos de parlamentares, a suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão, entre outras ações).

A Operação

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (27), mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte. O ex-deputado federal Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e blogueiro Allan dos Santos são alvos. Os quatro são aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Ao todo, a operação tem 29 mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

Além de Rio de Janeiro e Brasília, há mandados para ser cumpridos também nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.