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Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2020, 10h:55

Federação comercial pede que Mauro Mendes respeite empresários de Mato Grosso

Euziany Teodoro
Única News

(Foto: Reprodução)

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), que representa 54 Associações Comerciais e Empresariais no Estado e mais de 18 mil empresas de todos os segmentos econômicos, emitiu nota à imprensa nesta quarta-feira (15) lamentando as declarações do governador Mauro Mendes (DEM), que orientou os consumidores a comprarem pela internet (produtos de outros estados), para evitar a alta do ICMS em alguns produtos.

Com minirreforma tributária aprovada pelos deputados estaduais em junho de 2019, que elevou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de vários produtos, a partir de janeiro deste, empresas de todo o Estado passaram a elevar o valor final em vários segmentos, como farmácias, supermercados e postos de combustíveis, deixando "a conta" para o consumidor.

Mendes criticou a atitude dos comerciantes e disse que os mato-grossenses "são sabidos" e podem comprar pela internet, evitando a alta dos preços nos produtos locais.

Para a Facmat, o governador desrespeita os empresários do Estado ao fazer tal sugestão. "A Facmat lamenta a declaração do governador Mauro Mendes incentivando a população a consumir produtos de outros estados, a partir da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com a regulamentação da Lei Complementar nº 631/2019. Os empresários geram emprego e renda e merecem respeito, sendo inadmissível um governo desestimular o consumo em Mato Grosso, principalmente quando o comerciante já sofre com a concorrência de estados vizinhos e com o comércio eletrônico", diz a nota.

A Federação lembra que são feitas várias campanhas, todos os anos, a fim de incentivar o comércio local e o governador vem na contramão disso. "Vale ressaltar que as Associações Comerciais e Empresariais do estado têm campanhas de lutas para incentivar o fortalecimento do comércio local, a fim de fomentar cada vez mais empregos e renda nos municípios, evitando o fechamento de empresas. É um retrocesso para todo o setor produtivo estadual. Os empregos de Mato Grosso não podem ir embora".