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Segunda-feira, 09 de Setembro de 2019, 16h:19

Empresário diz que obras da Copa não avançaram por perseguição política de Pedro Taques

Claryssa Amorim
Única News

(Foto: Reprodução)

O proprietário da Engeglobal Construções, Robério Garcia, não economizou nas palavras e disse, na manhã desta segunda-feira (09), que várias obras da Copa do Mundo de 2014 não foram concluídas por perseguição política do ex-gestor do Estado, Pedro Taques (PSDB). A Engeglobal era responsável por algumas obras da Copa.

Uma das obras da empresa era o Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Pari em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), que não teve nenhum avanço durante as duas gestões passadas. Além da obra na Avenida 8 de abril.

Para o empresário, a perseguição de Taques poderia ser pela rivalidade que tinha com o seu filho, o ex-deputado federal, Fabio Garcia (DEM). Atualmente, Fabio é suplente do senador, Jayme Campos (DEM).

“É evidente [que houve perseguição política]. Eu fiquei quatro anos sem receber nenhum tostão e todo dia era multa, e notinha no jornal ‘pai do Fábio não termina as obras da copa’. Lógico que houve”, declarou o empresário.

Ao acompanhar o secretário de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, na vistoria do COT, nesta segunda-feira, Robério disse que investiu R$ 5 milhões à obra, na época, no entanto, teria recebido do governo apenas R$ 37 mil. “Não deu para cumprir, não tinha como cumprir. Houve Problemas de ordem políticas”.

Duas das três obras que a Engeglobal ainda está responsável, foram retomadas este ano, na gestão do governador Mauro Mendes (DEM), que são a COT UFMT e a da Avenida 8 de Abril. A do Pari está sob estudo para a conclusão.

Após os jogos, as obras da Copa de 2014 foram paralisadas, depois de um decreto do ex-governador Silval Barbosa. Já em outra gestão, Taques reeditou o decreto e as obras continuaram paralisadas.

“Ficaram paralisadas sem acesso de ninguém, inclusive do consórcio vencedor. Houve uma deterioração destes empreendimentos. Durante o governo Pedro Taques, esta obra [COT] tinha problema de pista importada, mas nós continuamos a obra com recursos nossos. Nós investimos aqui, foram R$ 5 milhões para recebermos R$ 37 mil do governo. Isto é possível, é fácil ver nos dados públicos e não deu para concluir”, questionou.