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Terça-feira, 21 de Maio de 2019, 09h:34

Bolsonaristas versus MBL, primeiro round

Militância do presidente acusa grupo de "traição" e "oportunismo" por não apoiar a convocação de manifestações no dia 26

Por Guilherme Amado
Época

(Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo)

O Movimento Brasil Livre é o mais novo alvo da militância bolsonarista, que acusa Kim Kataguiri e sua turma de "traição" e "oportunismo", após o MBL não apoiar a convocação para as manifestações do dia 26, a favor do presidente.

Os ataques começaram na sexta-feira, quando o movimento publicou no Twitter uma nota explicando que não participará das manifestações por considerar parte das pautas defendidas "antirrepublicanas".

Desde então, apoiadores do presidente começaram uma campanha contra o MBL, que inclui críticas nas redes sociais dos coordenadores do movimento e incitação cancelamento da inscrição no canal do YouTube — desde sexta, o perfil já perdeu mais de 120 mil inscritos.

A relação entre os dois grupos ficou ainda pior quando um vídeo em que membros do MBL aparecem comentando a conjuntura política começou a circular nas rede sociais de bolsonaristas.

Nos comentários das publicações, militantes bolsonaristas afirmam que o movimento estaria "tramando descaradamente contra o Brasil".

Os membros do MBL se defenderam dos ataques e afirmaram que o vídeo foi tirado de contexto.

O youtuber e deputado estadual por São Paulo Arthur do Val, responsável pelo canal Mamãe Falei, foi um dos que se pronunciou. Em um vídeo no YouTube, com o título "MBL TRAIU o Brasil!!!", ele defende que não é "traidor".

"Não é porque tem um cara no teu time, fazendo uma jogada de que você discorda, que esse cara é um traidor, que ele quer fazer gol contra", escreveu.

O deputado federal Kim Kataguiri, do DEM de São Paulo, também publicou um vídeo sobre o tema. De acordo com ele, o MBL está fazendo o que acredita que é certo e "pagando o preço por se posicionar".