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Sábado, 29 de Junho de 2024, 11h:58

Coreia do Norte executou homem por ouvir K-pop, aponta relatório

O relatório de 2024 sobre os direitos humanos da Coreia do Norte, divulgado pelo ministério da unificação da Coreia do Sul, detalha uma repressão contínua às importações culturais.

Da Redação
g1

(Foto: Reprodução/Internet)

O Relatório de 2024 sobre os Direitos Humanos da Coreia do Norte, divulgado na quinta-feira (27) pelo Ministério da Unificação da Coreia do Sul, compila testemunhos de 649 desertores norte-coreanos.

Entre eles, o caso de um jovem de 22 anos que foi executado publicamente por ver e partilhar filmes e música sul-coreanos. O documento relata tentativas desesperadas de Pyongyang de conter o fluxo de informação e cultura externas, destacou o jornal britânico The Guardian.

De acordo com o depoimento de um desertor não identificado, o jovem era da província de Hwanghae do Sul e foi executado publicamente em 2022 por ouvir 70 canções sul-coreanas, assistir a três filmes e distribuí-los, violando uma lei norte-coreana adotada em 2020 que proíbe "ideologia reacionária" e cultura”.

Outros casos de repressão incluem punições para noivas usando vestidos brancos, noivos carregando a noiva, usando óculos escuros ou bebendo álcool em taças de vinho – todos vistos como costumes sul-coreanos.

A impressionante muralha que Coreia do Norte está construindo na fronteira com Coreia do Sul
O relatório detalha extensos esforços das autoridades norte-coreanas para controlar o fluxo de informação externa, especialmente dirigida aos jovens.

Ainda de acordo com o documento, telefones celulares também são frequentemente inspecionados quanto à grafia dos nomes dos contatos, expressões e gírias consideradas de influência sul-coreana.

A proibição do K-pop faz parte de uma campanha para proteger os norte-coreanos da influência da cultura ocidental, que começou sob o antigo líder Kim Jong-il e se intensificou sob o seu filho Kim Jong-un.

A publicação do The Guardian também lembra que em 2022, a Rádio Free Asia, financiada pelo governo dos EUA, disse que o regime reprimia a moda e os penteados "capitalistas", visando jeans skinny e t-shirts com palavras estrangeiras, bem como cabelos tingidos ou longos.

Apesar destas medidas duras, a influência da cultura sul-coreana, incluindo programas de televisão recentes, parece imparável, de acordo com um recente desertor norte-coreano.

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