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Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 15h:55

STJ nega pedido de prisão domiciliar a esposa de tesoureiro do CV presa em operação

Mulher alegou que é mãe de uma criança pequena, que necessita de cuidados. Contudo, ministra negou pedido.

Ari Miranda
Única News

(Foto: Reprodução/Montagem)

A ministra presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura. No detalhe, a esteticista Cristiane Patrícia Rosa Prins, presa durante a operação

Em decisão assinada pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a esteticista Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa de Paulo Winter Farias Paello, o “WT”, apontado como tesoureiro do Comando Vermelho em Mato Grosso, teve um habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Cristiane e o esposo foram presos durante a Operação “Apito Final”, em março deste ano.

No pedido de prisão domiciliar, a defesa de Cristiane alegou que a estetisicta é mãe de uma criança que necessita de cuidados, alegando ainda que a indiciada não faz parte de facção criminosa e que o apartamento e os carros apreendidos durante as investigações eram de uso da família. 

Todavia, ao analisar o pedido, a ministra explicou que o STJ não podia julgar o habeas corpus, visto que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ainda não havia julgado o pedido. Além disso, a magistrada também explicou que o STJ não concede habeas corpus para pessoas envolvidas com organizações criminosas.

“Em especial quanto à tese de que deve haver a substituição da segregação cautelar pela prisão domiciliar, não há teratologia, pois, a paciente integra, em tese, organização criminosa (fl. 53), situação excepcional passível de afastar a concessão desse benefício, segundo alguns”, diz trecho da decisão.

“Ante o exposto, com fundamento no art. 21-E, IV, c/c o art. 210, ambos do RISTJ, indefiro liminarmente o presente habeas corpus”, decidiu.

Cristiane e 'WT', foram presos na operação Apito Final, em 29 de março de 2024. WT é apontado como tesoureiro do Comando Vermelho no estado e fundou um time de futebol amador, o “Amigos do WT” apenas para lavar o dinheiro da facção criminosa. A equipe de futebol disputava torneios amadores em Cuiabá e em outros estados do Brasil.

Durante a investigação, a Polícia descobriu que Cristiane se interessou em comprar um apartamento de luxo por valor abaixo de mercado e, em conversas com outra pessoa, que também integra a facção, teria dito sobre os depósitos e os cuidados a serem adotados para não levantar a suspeita das autoridades.