Cuiabá, 26 de Abril de 2024

CIDADES Segunda-feira, 22 de Junho de 2020, 15:13 - A | A

22 de Junho de 2020, 15h:13 - A | A

CIDADES / MAIS UMA AÇÃO

Sindicato dos Médicos também pede lockdown em Cuiabá e Várzea Grande

Da Redação
Única News



O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT) também pediram que os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e de Várzea Grande, Lucimar Campos, decretem lockdown (bloqueio total) para evitar mais mortes pela Covid-19.

Conforme ofício do Sindimed, enviado aos dois prefeitos, o sistema de saúde está em colapso e, com a pandemia, as mazelas do SUS, que já não eram poucas, estão ainda mais expostas, como a estrutura, a falta de profissionais e de condições de trabalho.

Com o aumento exponencial de casos de Covid-19 na Baixada Cuiabana, os profissionais médicos comunicaram ao Sindicato o esgotamento dos leitos de UTI na rede particular e falta de materiais e medicamentos para garantia do atendimento à população nos estabelecimentos públicos.

"Nesse cenário, as condições de trabalho dos profissionais são absolutamente precárias e colocam em risco toda a população. Além da falta de leitos, não existem medicamentos para sedação de pacientes internados nas UTIs e que precisam permanecer entubados para sobreviver à falta de oxigênio, provocada pelo comprometimento dos pulmões contaminados pelo Covid-19", diz o ofício.

"A pandemia agravou o já constante adoecimento de servidores da saúde, mormente, pelas precárias condições de trabalho, ritmo de atendimentos, e típico stress provocado pela grande morbidade, que se abateu por toda nação", dizem.

O Brasil tem 31.790 casos confirmados de Covid-19 em profissionais de saúde desde o início da epidemia no país. Segundo dados foram divulgados, no dia 14 de maio de 2020 pelo Ministério da Saúde, na data em que este petitório é protocolado, o número seguramente é muito superior.

Destes, 199.768 profissionais foram identificados como casos suspeitos da doença e precisaram ser afastados. Além dos 31,7 mil confirmados, 114.301 ainda estão em investigação e outros 53.677 já foram descartados (dados de 14 de maio).

Dos casos suspeitos, a categoria mais afetada é a dos técnicos ou auxiliares de enfermagem (34,2%), seguido dos enfermeiros (16,9%) e dos médicos (13,3%). Segundo o ministério, os dados ainda são preliminares.

Parao Sindimed, "O LOCKDOWN se faz necessário para interromper o movimento da população que permite ganhar tempo e reduz a pressão nos sistemas de saúde. Não basta que o isolamento seja parcial, ou “vertical” (isto é, apenas de idosos e pessoas em grupos de risco), pois, se o vírus se espalhar mais rapidamente no resto da população, inevitavelmente chegará aos idosos. Não apenas seria ineficiente, mas impraticável no país, tendo em vista que incontável número de idosos residem com crianças e jovens, sendo inviável separá-los das famílias, que podem trazer o vírus para dentro de casa e contaminá-los".

O Sindimed ainda requer a instalação de hospitais de campanha, sugerindo-se a utilização de espaços públicos, atualmente sem utilização, a exemplo do Estádio da Arena Pantanal.

O ofício pedindo o lockdown foi encaminhado para as prefeituras de Cuiabá é Várzea Grande e também ao Ministério Público de Mato Grosso.

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