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CIDADES Domingo, 31 de Maio de 2020, 10:55 - A | A

31 de Maio de 2020, 10h:55 - A | A

CIDADES / EM TORNO DE 70%

Casos de violência contra crianças e adolescentes tem redução nesse período de isolamento social

Única News
Com Assessoria



Dados levantados pelos Conselhos Tutelares da Capital apontam uma redução do número de denúncias de casos de violência contra crianças e adolescentes desde o início do isolamento social em virtude da pandemia do novo Coronavírus. De acordo com o conselheiro tutelar Oilson Souza, em 2019, foram registrados 1.500 casos de violação de direitos contra crianças e adolescentes. Nesse ano, em que estamos vivendo esse momento de crise, onde existe a necessidade do isolamento social, tem dias que estamos nos plantões que não recebemos nenhuma ligação nesse sentido. E isso nos preocupa e muito, pois sabemos que a realidade é bem diferente. Sabemos que não é porque não estamos recebendo denúncias que não estão ocorrendo casos de violência”, observou o conselheiro.

Segundo ele, estimativas apontam redução em torno de 70%, ou seja, os casos estão sendo subnotificados, pois em média, cada Conselho registra em média 130 casos mensais. “Os números levam em consideração os registros de Boletins de Ocorrência e podem significar ausência de denúncias. Todos os dias, nos noticiários, a situação é bem diferente, novos casos de violência contra crianças e adolescentes tem acontecido na Capital”, alertou.

Diante desse cenário, de aumento de casos de todos os tipos de violência, os Conselhos Tutelares juntamente com a Rede de Proteção a Crianças e Adolescentes de Cuiabá tem um recado para toda população. Como forma de massificar e divulgar os canais disponíveis, elaboramos cartazes que estão sendo distribuídos nos bairros. “Temos que criar uma barreira de enfrentamento a violência com nossas crianças e adolescentes. Durante a pandemia do Covid-19, a violência dentro de casa pode aumentar”, destacou.

Os canais para registros das denúncias são diversos e as ligações são gratuitas, disse Oilson. Existem os Disque 100 (Direitos Humanos) e o 190 (Polícia Militar), que funcionam 24 horas. Além dos telefones dos Conselhos Tutelares, Ouvidorias do Ministério Público, Defensoria Pública ou Delegacia Especializada nos Direitos das Crianças e Adolescentes. Além desses, podem procurar a Unidade de Saúde ou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de abrangência. “Estamos muito preocupados, pois os números de denúncias caíram, porém os casos de agressões temos conhecimento que só tem aumentado. Devido a necessidade do isolamento social, os casos acontecem dentro de casa mesmo, e o medo toma conta”, informou Souza.

“Você não está só! Se algo de ruim está acontecendo dentro da sua casa, denuncie, peça ajuda”, concluiu o conselheiro.

Riscos e Pandemia

Devido às medidas de isolamento social pela covid-19, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que as crianças e adolescentes estão mais expostos às situações de violência física, sexual e psicológica devido ao aumento das tensões domiciliares.

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