Foto por: Henrique Pimenta
Reunião com associação do Córrego do Ouro
O esperado sonho da regularização fundiária do Projeto de Assentamento Vale do São Vicente, conhecido também como Córrego do Ouro, localizado no município de Campo Verde, a 96 km de Cuiabá, está cada vez mais próximo de ser concretizado. Isso por que o Governo de Mato Grosso, por meio do Institutos de Terras (Intermat), Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos fundiários (Seaf-MT) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), está desenvolvendo um projeto de inclusão produtiva com foco na titulação definitiva dos lotes rurais desta localidade.
O assentamento foi criado e reconhecido pelo Intermat e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mediante Portaria n.º 120/2002. Possui capacidade para 80 famílias rurais e é foco de atuação do Governo do Estado, que irá incentivar a região com assistência técnica, regularização fundiária e inclusão socioprodutiva.
“Estivemos reunidos com a comunidade, na associação Vale São Vicente Córrego do Ouro, e é determinação do governador Pedro Taques que possamos sanar os problemas fundiários. Atuando de forma cooperada entre a Seaf, Intermat e Empaer, o resultado virá com mais celeridade e excelência, e com o título em mãos o agricultor terá autonomia para financiar a produção com as instituições financeiras”, comentou o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários, Suelme Fernandes.
Segundo o presidente da Associação, Francisco França, há tempo os agricultores esperam este apoio do Estado. “Estamos agradecidos pelos trabalhos, pois os técnicos já estão aqui a todo vapor e a comunidade precisa muito regularizar seu pedaço de terra. Solicitamos também uma patrulha mecanizada para o plantio e um computador para criarmos uma rádio rural e acreditamos na boa vontade desse Governo”.
Durante o período de 15 dias, cinco técnicos das três instituições farão vistorias in loco nos 86 lotes do assentamento, que não possuem título definitivo de posse. Na parceria, o Intermat é responsável pelo levantamento social das famílias, orientação sobre documentos e cadastro no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (SIPRA), enquanto a Seaf é responsável pela medição e georreferenciamento dos lotes e a Empaer pelo diagnóstico produtivo da região.
“A titulação dos lotes dos projetos de assentamento, por ser de interesse social, será gratuita para os agricultores familiares que realmente se encaixam no perfil, e estamos cumprindo a nossa obrigação como servidor público, atendendo a essa antiga demanda do Córrego do Ouro”, comentou o diretor agrário do Intermat, Diogo Lima, que também esteve presente na reunião com a comunidade. Ele afirmou também que outra frente de regularização fundiária será desenvolvida no Cinturão Verde, em Cuiabá.
Incentivo à organização social
Além do diagnóstico produtivo dos 86 lotes que está sendo realizado por servidores da regional da Empaer de Cuiabá, equipes técnicas da Seaf e do MT Fomento percorreram a região, durante esta terça-feira (12.07), para analisar a viabilidade de implantação de um programa de incentivo à avilcultura (galinha poedeira), com crédito facilitado para o agricultor familiar.
“São vários projetos que o Governo do Estado visa implementar aqui no Córrego do Ouro, inclusive com o fortalecimento do associativismo e cooperativismo. Estamos incentivando o fortalecimento da cooperativa Unidos Vale do São Vicente, pois o Estado não pode ajudar um agricultor familiar individual. Logo podemos até ceder uma patrulha mecanizada, desde que a cooperativa esteja socialmente organizada e planejada”, finalizou o secretário Suelme Fernandes.
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