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VOLTA AO MUNDO Quarta-feira, 04 de Setembro de 2019, 13:46 - A | A

04 de Setembro de 2019, 13h:46 - A | A

VOLTA AO MUNDO / VOTAÇÃO PRELIMINAR

Parlamentares britânicos apoiam medida que impede Brexit sem acordo em 31 de outubro

Votação ainda nesta quarta-feira possivelmente deve confirmar posição da oposição, bloqueando pretensão do premiê Boris Johnson, que defende eleições antecipadas caso o "Brexit duro" seja impedido.

Por G1



Os deputados britânicos aprovaram nesta quarta-feira (4) uma proposta de lei que obriga o governo a solicitar um novo adiamento do Brexit, atualmente programado para 31 de outubro, em uma votação preliminar que deve ser confirmada durante a tarde.

O texto recebeu 329 votos a favor e 300 contra, infligindo um novo revés ao primeiro-ministro Boris Johnson, contrário a qualquer nova extensão no processo, e que na terça-feira perdeu a maioria parlamentar com a rebelião de 21 deputados conservadores.

Mais cedo, Johnson desafiou o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, da oposição, a concordar com uma eleição parlamentar em 15 de outubro, chamando um plano liderado pelos trabalhistas para tentar impedir um Brexit sem acordo de "rendição".

"Este governo retirará este país da União Europeia em 31 de outubro, e há apenas uma coisa que está no nosso caminho: a rendição atualmente proposta pelo líder da oposição [Corbyn]", disse Johnson ao Parlamento.

"Posso convidar o líder da oposição para confirmar, quando se levantar em breve, que se a rendição for aprovada ele permitirá que as pessoas deste país tenham sua opinião sobre o que ele propõe entregar em seu nome, com uma eleição em 15 de outubro?", indagou.

Para a Comissão Europeia, o "risco" de uma saída do Reino Unido sem acordo em 31 de outubro aumentou em consequência da situação política em Londres.

"O pouco tempo que resta e a situação política no Reino Unido aumentam o risco de que o Reino Unido se retire nesta data sem acordo", destaca o Executivo comunitário em um documento sobre a finalização dos preparativos para enfrentar um Brexit "brutal" em 31 de outubro.

Em novembro de 2017, a então primeira-ministra britânica, Theresa May, concluiu com os 27 sócios europeus um acordo de divórcio, que o Parlamento britânico rejeitou em duas oportunidades, entre outros motivos pela salvaguarda irlandesa.

Este mecanismo de último recurso prevê a manutenção de todo o Reino Unido na união alfandegária da UE caso não exista outra solução para manter aberta a fronteira para produtos entre a Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte.

Boris Johnson rejeita a salvaguarda e deseja que os países europeus eliminem o mecanismo do acordo. Bruxelas, no entanto, afirma que Londres não apresentou uma alternativa.

 

Derrota no Parlamento

 

Na terça, Johnson enfrentou uma rebelião de 21 de seus colegas de partido que ficaram ao lado dos trabalhistas em uma votação para colocar em pauta uma lei que impede a saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo no prazo previsto atualmente. Se for aprovada nesta quarta, a lei prevê que o premiê peça uma prorrogação do prazo de negociação com o bloco europeu.

O primeiro-ministro disse ainda na terça que, caso os parlamentares aprovem um atraso “sem sentido”, irá apresentar um pedido de eleições gerais antecipadas, mesmo sendo contra.

Desde que assumiu o cargo, Johnson tem afirmado que pretende cumprir o prazo, e que o Reino Unido deixará a União Europeia de qualquer forma em 31 de outubro, com ou sem acordo.

Em uma tentativa de reduzir as chances dos parlamentares impedirem a concretização do Brexit, Boris Johnson suspendeu, com a aprovação da rainha Elizabeth II, as sessões do Parlamento a partir da semana que vem até 14 de outubro.

A medida, embora prevista na legislação local, foi acusada de autoritária pela oposição e foi desaprovada, inclusive por membros do Partido Conservador.

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