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POLÍTICA Terça-feira, 23 de Maio de 2017, 16:00 - A | A

23 de Maio de 2017, 16h:00 - A | A

POLÍTICA / PENTE FINO

TCE quer mais rigor em órgãos de controle sobre exportação de grãos em MT

Da Redação



(Foto: TCE-MT)

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O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Antonio Joaquim, voltou a mostrar preocupação sobre os controles dos processos de exportação de grãos, realizados por meio da Secretaria de Estado de Fazenda. Pois sem este monitoramente, comumente feito por meio de auditorias, o estado corre o risco de ser penalizado com a não cobrança de impostos, inclusive sofrer com a decadência de eventuais tributos devidos.

 

A preocupação - ainda de acordo com o presidente do TCE - é porque já existem relatórios internos que mostraram a fragilidade, ineficiência e insuficiência destes a atuais controles. Assim, o conselheiro aguarda julgamento do TJ-MT, de agravo protocolado pela Procuradoria Jurídica contra decisão monocrática do desembargador José Zuquim. Que validou posição contrária da Sefaz e negou o acesso de auditores do TCE-MT, aos dados sobre exportação, mantidos pela Secretaria de Fazenda. 

 

'A celeridade do Tribunal de Justiça, na questão da auditoria pretendida pelo TCE-MT, sobre os controles dos processos de exportação de grãos feitos pela Secretaria de Fazenda, é de suma importância para Mato Grosso', pontuou o presidente do TCE. 

 

Ainda para o presidente do TCE, a fiscalização no processo de exportação foi decidida pelo TCE-MT, em um conjunto de sete auditorias sobre a receita pública, após a aplicação do instrumento de fiscalização denominado Levantamento – à época com a concordância e apoio da própria Secretaria de Fazenda. 

 

O trabalho foi executado por quatro auditores públicos externos da Secretaria de Controle Externo de Auditorias Operacionais, ao longo de quatro meses, no primeiro semestre de 2016.

 

Esse Levantamento trouxe relatório sobre dados e documentos fazendários indicando indícios de ocorrência de exportação fictícia, com o propósito de não recolhimento de impostos. A exportação de grãos é desonerada da cobrança de ICMS. "A legislação disciplina que se não ficar comprovada a exportação, o Estado tem que realizar a cobrança do imposto devido", alertou o presidente do TCE-MT.

 

Para o conselheiro Antonio Joaquim, a auditoria do Tribunal de Contas tem como contribuir efetivamente com o Estado de Mato Grosso em duas frentes: avaliar e apontar pontos de melhoria futura nos procedimentos de arrecadação e identificar as eventuais falhas pretéritas passíveis de serem convertidas em cobrança de impostos, antes da ocorrência de decadência.

 

Importante esclarecer que o TCE-MT fiscaliza unicamente os procedimentos de fiscalização da Sefaz. A Secretaria de Fazenda, por sua vez, é que tem competência para atuar sobre os contribuintes. Alguns Estados como Goiás – com o Sistema SISEXP – monitoram eletronicamente os processos de exportação.

 

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