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POLÍTICA Sexta-feira, 01 de Setembro de 2017, 08:53 - A | A

01 de Setembro de 2017, 08h:53 - A | A

POLÍTICA / ATENTADO CONTRA SI

Polícia Federal descarta plano de Riva para acusar Silval e deputados

Rayane Alves



Reprodução

PF

 

 

A Polícia Federal de Mato Grosso descartou as mensagens que revelam um suposto plano do ex-presidente e deputado estadual da Assembleia Legislativa (AL), José Riva, para pôr fim a vida do irmão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Antônio da Cunha Barbosa e do deputado Mauro Savi (PSB) e ainda simular um atentado contra ele mesmo e também matar o motorista particular para comprovar os atos criminosos.

 

Agora, o principal trabalho da PF é saber de fato quem são os responsáveis pelas mensagens e o que levariam eles a praticar os crimes.


Segundo o relatório das investigações, que continuam em andamento, as mensagens que foram encaminhadas para o irmão de Silval e Mauro Savi pelo WhatsApp foram completamente montadas. Os policias também não descartam que o celular de Riva possa ter sido clonado pelos responsáveis da trama.


A defesa de Riva foi comunicada sobre o caso e as informações repassadas aos advogados anulam qualquer pedido de prisão contra o ex-presidente.

 

Caso

Conforme o documento, em abril deste ano o irmão de Silval foi convidado por Mauro Savi para que fosse até o apartamento dele no bairro Santa Rosa, em Cuiabá.

 

Nisso, os dois acabaram se encontrando em frente ao prédio e depois subiram para o apartamento dele. Em sua residência o deputado foi direto ao assunto e contou que recebeu uma mensagem de uma pessoa desconhecida. Na conversa, o informante dizia que tinham amigos em comum e no passado Savi já teria o ajudado por meio de um advogado para retirá-lo da cadeia.

 

Então, o remetente contou que tinha recebido uma proposta de Riva para simular um atentado contra ele mesmo. Sendo que metade do valor combinado já teria sido pago.

 

E, para mostrar que o atentado era verdadeiro, Riva falou que o motorista poderia morrer caso fosse preciso. Mas, o crime deveria ser colocado nas “contas de Silval e do Antônio”. Além dos irmãos, a polícia também deveria desconfiar dos deputados Mauro Savi, Guilherme Maluf (PSDB) e Gilmar Fabris (PSD).

 

Diante disso, Savi contou ao irmão de Silval que procurou o governador Pedro Taques (PSDB) para contar o fato. Nisso, ele falou que deveria chamar o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, para que grampeasse e ‘fechasse o cerco’ para Riva.

 

No  dia 24 de maio deste ano, Antônio recebeu algumas mensagens de uma pessoa não identificada que encaminhou vários prints de conversa com uma pessoa chamada ‘Markin’ e outro não identificado.

 

Em um dos trechos, um dos membros do grupo falava que tinha que passar fogo em um sujeito.

 

“Olha a foto e veja quem é, se é dos seus”. Depois disso, ele recebeu uma imagem dele mesmo que tinha usado no perfil do WhatsApp por algum tempo.

 

Na conversa, ele perguntou a pessoa sobre quem tinha mandado passar fogo. Nisso, o interlocutor falou que era Riva.

 

 Além dele, a pessoa falou que também encaminhou os prints para um amigo dele que era deputado.

Já no dia seguinte, o mesmo suspeito o questionou se Silval Barbosa tinha levantado alguma informação sobre as ameaças.

 

Pois, ele tinha contratado um serviço e queria dar um tombo e ai “deu um rolo e a turma saiu fora. Mas, então ele queria contratar desconhecidos”. A conversa foi para deixar claro que Riva tinha falado a ele que caso não quisesse executar o serviço ele então iria contratar outro desconhecido.

 

"Ele tá desesperado e capaz de fazer qualquer coisa só não entendi o porque do seu nome na lista que tive acesso".

 

Já no dia 26 de maio, por volta das 11h35, o mesmo interlocutor não identificado encaminhou outros prints para o irmão do ex-governador.

 

As conversas mostravam que Riva falava que precisava conversar com todo mundo. E, um dos membros que fazia parte do mesmo grupo perguntou conversar o quê Riva?

 

“Precisamos conversar sobre o ex-governador e seu irmão e o Mauro e preciso antes dele sair da cadeia”.

 

O interlocutor questiona - “É sobre aquele assunto? ”. “Perfeitamente estamos aguardando ao seu sim”.

 

Nisso, ficou firmado que um chamado Ricardinho estava pronto para atuar. Mas, o interlocutor falava que estava apenas aguardando a ordem.

 

Então, o contato identificado como Riva falou “já conversei com o promotor e está tudo acertado”. Tendo o pistoleiro anônimo respondido: “Fechado”. Diante disso, o pistoleiro perguntou se era pra “sentar chumbo nele”, se referindo ao irmão de Silval Barbosa.

 

Então, o suposto Riva falou que “se ele desconfiar acerta ele se não depois será mais difícil”, sendo que isso também valeria para Mauro Savi.

 

Nesse mesmo dia, Antônio prestou depoimento na Procuradoria da República e contou todo o caso. Ele falou a procuradora Vanessa Zago que estava com medo por causa da sua vida e também dos familiares, principalmente do irmão dele que estava no Centro de Custódia da Capital (CCC).

 

O medo era porque ele tinha conhecimento demais sobre como funcionava o meio público.

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