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POLÍTICA Sexta-feira, 31 de Agosto de 2018, 15:43 - A | A

31 de Agosto de 2018, 15h:43 - A | A

POLÍTICA / "EM OUTRA VIBE"

Pivetta desconsidera perseguição de Taques, em tentativa de impugnação

Luana Valentim



(Foto: Roger Perisson)

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O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Mauro Mendes (DEM), declarou nesta sexta-feira (31), em entrevista à Rádio Capital FM, que apesar do governador Pedro Taques (PSDB) ter tentado impugnar a sua candidatura, ele não se sente perseguido pelo tucano.

 

No pedido apresentado pela coligação ‘Segue em Frente Mato Grosso’ encabeçada por Taques, Pivetta estaria inelegível por ter as contas de um convênio, destinado à aquisição de uma unidade móvel de Saúde, no valor de R$ 110 mil, rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União, quando ele era prefeito de Lucas do Rio Verde.

 

O TCU condenou Pivetta a ressarcir aos cofres públicos de Lucas do Rio Verde no valor de R$ 17,3 mil e pagar multa no valor de R$ 10 mil por conta de irregularidades na compra de um veículo para funcionar como Unidade Móvel de Saúde, em 2012.

 

Porém, o juiz federal Marcel Queiroz Linhares, da 2ª Vara da Subseção Judiciária de Sinop, anulou o acórdão condenatório proferido pelo TCU por entendê-lo ilegal. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região também o absolveu por esses mesmos fatos, reforçando o equívoco do TCU.

 

Baseado no parecer do juiz, a Procuradoria Regional Eleitoral considerou improcedente o pedido da coligação para impedir Pivetta de ser vice de Mauro Mendes.

 

Assim, quanto a tentativa de impugnação de sua candidatura, Pivetta acredita que como ficou provado que não existia fato, nem motivos para esse pedido, daí ter sido considerado improcedente, ele prefere não abrir uma discussão que já considera como passado.

 

Na condição de ex-aliado de Taques – quando ele foi eleito em 2014 – ele comandou a equipe de transição, responsável pelas primeiras ações do gestor, ainda pedetista, na época. Assim, chegou-se a pensar na redução de seu staff, para criar uma máquina mais enxuta, em uma administração com no máximo 12 secretarias. O número das pastas era uma forma de se remeter ao número do PDT [12] que garantiu a vitória de Taques ao governo do Estado.

E, claro, que Pivetta, oriundo de uma administração bem avaliada nacionalmente, pudesse colocar em prática algumas das experiências bem-sucedidas vivenciadas enquanto prefeito de Lucas. Porém o plano foi desconsiderado pelo tucano, pouco tempo após a vitória, frustrando, obviamente, a expectativa de um grupo que apostou não só em Taques mas, sobretudo, em um Estado mais ágil que ajudasse, lá na ponta, às pessoas que têm participado de alguma forma de seu desenvolvimento.

 

Questionado sobre assumir - em caso de vitória -, para além da vice-governadoria, uma secretaria e se ainda teria amarrado este acordo com Mendes, Pivetta optou em desvencilhar da pergunta, revelando que ele e Mauro têm uma linha de pensamento muito similares, em se tratando de reerguer economicamente Mato Grosso. Sem, no entanto, descartar a possibilidade de participar das empreitadas que virão pela frente.

 

Ao lembrar que em áreas como educação e saúde ele poderá dar a sua contribuição, replicando os cases de sucesso que teve em sua gestão em Lucas do Rio Verde, além de poder contribuir com poder associativo para a infraestrutura de alguns municípios na construção de estradas.

“Mesmo o governo não tendo recursos, pode induzir e articular para aproximar os interesses e estimular para que os próprios produtores façam os seus caminhos. Eles têm tecnologia e conhecimento para fazer infraestrutura e estradas. Neste caso, eu posso ajudar muito Mendes, pois foi um projeto que trabalhei quando Blairo era governador e os demais não conseguiram ter liderança para estimular e continuar organizando os consórcios”, disse.

 

Pivetta explicou que além de ordenar as despesas e gastar o dinheiro dos impostos no Estado, o governante tem que vender ideias e liderar, pois eles são os empresários da sociedade e o fato de não ter muitos recursos, não significa que não se pode fazer. “Tem que criar condições e insistir em todas as possibilidades, analisando o que a sociedade precisa”, pontuou.

 

Pivetta também negou quaisquer estremecimentos em seu relacionamento com Mendes. Ao contrário, por uma questão de estratégia, não estariam cumprindo agenda juntos, porque decidiram que desta forma seria mais proveitoso trabalharem separado, principalmente pela relação que ele tem no interior. E, assim, Mendes pode ficar mais à vontade para comparecer aos inúmeros eventos que vêm ocorrendo na capital e em seu entorno.

 

“Somos maduros, não precisamos de teatro. Estou aproveitando o meu relacionamento no interior. E Mauro aproveitando o dele aqui. Nós estamos juntos, mas não precisamos ficar aparecendo juntos”, declarou.

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