Rayane Alves e Lara Belizário
(Foto: Secom/Prefeitura)
Durante coletiva, nesta sexta-feira (27), o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou que reunião com a bancada federal e com governador Pedro Taques (PSDB) deve esclarecer confusões sobre a emenda de R$ 82 milhões. E, ainda, garantir em definitivo o valor total à obra do novo Pronto Socorro de Cuiabá.
A reunião deverá debater o repasse assegurado pela bancada para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá. Segundo informações de bastidores, parte deste dinheiro pode ser remanejado, para que o Estado possa pagar os repasses atrasados com a Saúde, que vive um verdadeiro caos no interior.
"Estou bastante animado. Conversei com vários deputados da bancada federal, tenho uma ótima relação política com eles. Na segunda-feira (30), vamos participar de uma reunião no gabinete do senador Cidinho (PR). Estarão presentes toda a bancada e o governador Pedro Taques. Acredito que nessa reunião vamos resolver e esclarecer todo o imbróglio e garantir toda a emenda da bancada para o novo Pronto Socorro de Cuiabá", afirmou o prefeito.
Conforme o gestor municipal, a reunião se faz necessária pois deve esclarecer essas especulações e possibilidades. Para ele, todos estão preocupados em resolver essas conversas e ajudar Cuiabá. "Tenho certeza que vamos esclarecer, todo mundo quer atender e ajudar Cuiabá. Por isso, acredito que tudo isso será esclarecido e a Capital terá garantido toda a emenda de R$ 82 milhões", declarou.
Questionado se a possibilidade de remanejamento da emenda é resultado da demora em apresentar os projetos e custos para os quais o valor será destinado, o prefeito esclareceu que, a princípio, a reunião da próxima segunda-feira seria para entrega desses documentos. Segundo ele, o governo que apontou a 'falha' estava ciente da data das apresentações.
"Vamos apresentar agora o plano de compras dos equipamentos da Saúde. Levaremos, na segunda-feira, todo o processo, projeção, planejamento de equipamentos por setor, instalação e o modelo de licitação, para efetuar a compra. Está tudo pronto, vou levar para eles agora tomarem conhecimento", afirmou.
Sobre o valor final da compra de equipamentos para o novo Pronto Socorro de Cuiabá, o pemedebista apontou um possível aumento de R$ 5 a 7 milhões. No entanto, garantiu que, caso aconteça, a prefeitura irá arcar com as diferenças para que o funcionamento do hospital não seja comprometido.
"Talvez fique em torno de R$ 5 a 7 milhões mais caro. A prefeitura vai assumir essa diferença para garantir a obra e a instalação, e assim, não prejudicar em nada a construção. Podemos tirar o recurso da Fonte 100. Se ficar esse valor, a prefeitura consegue. Estamos bem equilibrados e com as contas em dia. Então, conseguimos assumir esse pequeno diferencial, nem que seja parcelado", afirmou.
A crise na Saúde
Nessas últimas semanas, o governador Pedro Taques vem enfrentando pressões de todos os lados. São os poderes solicitando a quitação dos duodécimos, a possibilidade de servidores sem salário, Saúde em crise no interior e, também, a possibilidade de ações na justiça solicitando seu impeachment.
Na última quinta-feira (26), após reunião do governador Pedro Taques (PSDB) com os poderes, o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, afirmou que será realizado um repasse emergencial as instituições. A ação deve acalmar os poderes e tem como objetivo garantir a quitação da folha de pagamento dos servidores.
Apesar de, por hora, acalmar os nervos, a gestão estadual está correndo atrás de recursos para garantir esse repasse emergencial. Nesta segunda-feira, o governador estará em Brasília para cobrar agilidade da União na liberação de R$ 350 milhões ainda deste ano, do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).
Essa busca de dinheiro para quitar as dívidas, aos poucos, foi o que resultou nas especulações quanto as emendas, previamente, destinadas ao novo Pronto Socorro. Neste caso, a quantia seria destinada a saúde no interior. E, posteriormente, a entrada de novos repasses do governo Federal e regularização de arrecadações cobririam o dinheiro para compra de equipamentos do hospital.
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