Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 04 de Abril de 2018, 10:50 - A | A

04 de Abril de 2018, 10h:50 - A | A

POLÍTICA / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

PF passa investigar grampos por determinação do STJ

Da Redação



(Foto: Reprodução)

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O ministro Mauro Campbell do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou na última segunda (2), o envio dos inquéritos do esquema de escutas clandestinas no estado à Polícia Federal e estipulou um prazo de 45 dias para conclusão da análise dos documentos.

 

O magistrado acatou um pedido da Procuradoria Geral da República, que centraliza as investigações após pedido feito pelo governador Pedro Taques (PSDB), para ser investigado no caso em outubro do ano passado.

 

De acordo com respaldo de Campbell, ao todo são sete volumes, 12 apensos, acompanhados de 19 caixas de documentos dos processos da chamada "Grampolândia Pantaneira” encaminhados a superintendência em Cuiabá. O esquema envolvia uma máquina de grampos ilegais instalada por um núcleo de policiais militares que monitoravam políticos, opositores do governo, jornalistas, advogados e outros alvos.

 

Entenda o caso

 

A existência da suposta rede clandestina de grampos telefônicos em Mato Grosso veio à tona no 11 de maio, quando o governo do Estado anunciou a exoneração do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques. Sua saída foi anunciada como um acordo entre Paulo e seu primo, o governador Pedro Taques, para que o homem forte do Executivo deixasse o Palácio Paiaguás e cuidasse pessoalmente das investigações envolvendo a suposta “arapongagem”.

 

No dia 23 de maio, o juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada em Crimes Militares de Cuiabá, determinou a prisão preventiva do ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, que teria atuado não só como mandante, mas como o responsável por manter contato pessoal com magistrados para viabilizar a quebra de sigilo telefônico ilegal em Mato Grosso.

 

O cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Golveia Junior - integrante do Núcleo de Inteligência da PM e teria assinado alguns pedidos de grampos à Justiça -, também foi preso.

 

O caso denunciado pelo ex-secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), o promotor de Justiça Mauro Zaque, apontou que membros da Polícia Militar aproveitaram uma investigação relacionada ao tráfico de drogas na região de Cáceres (177 km de Cuiabá), para inserir números telefônicos de políticos adversários ao governo, médicos, advogados, parlamentares, jornalistas, servidores públicos e até desembargador aposentado de Mato Grosso, em um pedido de quebra de sigilo. 

 

O requerimento para as interceptações teria sido encaminhado ao MPE, que por sua vez formalizou a solicitação à Justiça estadual. A autorização teria partido do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que não teria tido conhecimento de que nem todos os números relacionados pela PM estavam relacionados com o crime tratado no processo. 

 

A lista de grampeados é composta, até mesmo, por uma empresária que teria tido um relacionamento amoroso com o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, Tatiane Sangalli. As interceptações ocorreram em uma manobra denominada “barriga de aluguel”, onde é pedido à Justiça autorização para interceptar os telefones de pessoas que não são investigadas, nesse caso, junto com os de integrantes da quadrilha de tráfico de drogas. (Com informações do FolhaMax)

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