Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 13 de Março de 2019, 09:25 - A | A

13 de Março de 2019, 09h:25 - A | A

POLÍTICA / VERBA INDENIZATÓRIA

Para Janaina Riva, prestação de contas da V.I. pode ser aperfeiçoada

Euziany Teodoro
Única News



A deputada Janaína Riva (MDB), vice-presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, usou R$ 64.990,00 do total de R$ 65 mil de Verba Indenizatória disponível para cada deputado estadual. Em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso, da TVCA, nesta quarta-feira (13), ela afirma discordar do projeto do deputado Ulysses Moraes (DC), que propõe cortar a verba em 50% para todos os deputados, mas concorda que a prestação de contas pode ser aperfeiçoada.

“Acho que dá para se aperfeiçoar a prestação de contas, mas acho que tem que dar liberdade de cada um fazer a seu estilo. Não dá pra um deputado decidir como todos os outros devem gastar suas verbas. Quando você viaja, tem estabelecimentos que só te dão um recibo de papel, de papelaria, é uma dificuldade. Dificilmente se consegue uma nota fiscal. Esse papel, segundo o Tribunal de Contas, não é um documento oficial”, explica.

Para Janaína, cada deputado tem uma forma diferente de cumprir seu mandato, o que justifica o valor da V.I. “Cada um de nós tem um estilo diferente. Apoiei a proposta do Max Russi (PSB) que cada um pode escolher quanto ele quer receber, de 0% a 100%. Alguns ficam mais no gabinete, outros ficam mais no interior, outros são de Cuiabá. Cada um trabalha de uma forma e precisa dessa verba”, disse.

Janaina afirma que os gastos de um parlamentar são um voto de confiança dado pelos eleitores. “Existe uma prestação de contas, mas a alegação é que ela é muito genérica, prestada sem notas fiscais. Acho que essa questão da V.I. é muito da confiança do eleitor para seu parlamentar. Tem que saber de todas as prerrogativas que ele tem: carro oficial, combustível, verba contratual. Se você não acredita que seu parlamentar não usará essas verbas com confiança, nem adianta votar”, opinou a deputada.

Ela, que já visitou 14 municípios esse ano, lembra a última legislatura, em que foi oposição ao governo de Pedro Taques, e não contava com nenhum apoio por meio de emendas parlamentares e outros recursos. “Na legislação passada eu era oposição, não recebi emendas, não tinha um centavo do Governo. Eu precisei muito das verbas da Assembleia. O parlamentar governista não precisa tanto. As verbas me garantiram o direito da independência e me fez a deputada mais votada em 2018”.

No entanto, ela admite que o momento político no Brasil exige uma prestação de contas à sociedade. “É um novo momento. Esse novo momento exige uma cautela muito maior nos nossos gastos. Muitas coisas estamos mudando agora, como as passagens aéreas, restritas apenas ao parlamentar, em voo comercial, e com prestação de contas. Aos poucos vamos mudando”, concluiu.

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