Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 06 de Junho de 2018, 09:22 - A | A

06 de Junho de 2018, 09h:22 - A | A

POLÍTICA / DESVIOS NO DETRAN

Ministra nega HC e Kobori já amarga dois pedidos contra sua liberdade

Luana Valentim



(Foto: reprodução/Gazeta Digital)

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O ex-presidente da EIG Mercados, José Kobori, teve mais um pedido de liberdade negado, agora pela ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura. 

 

A determinação que manteve a preventiva do empresário foi dada nesta última terça-feira (5). 

 

A íntegra do documento ainda não foi publicada.

 

O empresário é acusado de participar de um esquema que desviou pelo menos R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), juntamente com outros 57 denunciados na operação Bônus, 2ª fase da Bereré.

 

Esse é o segundo habeas corpus negado dentro de uma semana. O desembargador José Zuquim Nogueira, relator do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), já havia indeferido o pedido de soltura do ex-presidente da EIG Mercados no último dia 29.

 

O esquema 

 

O esquema foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

No depoimento, ele ainda revelou que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM), teria se beneficiado com valores autos com um esquema no Detran. 

 

Ainda conforme seu depoimento, as fraudes foram no serviço de registro de contratos de financiamento de veículos, por meio de uma empresa ligada a ele. 

 

Segundo e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB), que foi preso na operação junto com outras cinco pessoas. As investigações os apontam como supostos líderes desse esquema. A operação também prendeu advogados, primos do governador, empresários e um parlamentar. 

 

O nome de Botelho foi citado também por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran. 

 

Em depoimento prestado em fevereiro deste ano ao Gaeco, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa se tornou sócio da empresa com o interesse exclusivo de receber vantagem indevida. 

 

Segundo o empresário, o parlamentar disse que tinha se integrado ao quadro societário da empresa para receber uma dívida e que, após recebê-la, começou a ser cobrado para o pagamento de outras vantagens. Ele disse ainda que o deputado afirmou que pretendia sair do quadro de sócios da empresa, o que aconteceu dias depois. 

 

Também foram citados os parlamentares Ondanir Bortolini Nininho (PSD), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB) e José Domingos (PSD). Segundo o MPE, a organização era composta por três núcleos Autônomos, Liderança, Operações e Subalterno. 

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