Luana Valentim
Foto: (Reprodução/Web)
O senador José Medeiros (Podemos), eleito o novo deputado federal nessas eleições, declarou ao Site Única News nesta segunda-feira (29), que está otimista com a vitória do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e acredita que Mato Grosso tem muito a ganhar com esta renovação política, principalmente em questões econômicas beneficiando nas áreas de necessidades básicas da população mato-grossense como no caso da saúde.
Medeiros avaliou que pelo fato de Bolsonaro representar o novo no cenário atual em que se encontra o Brasil, pode-se esperar tudo. Mas, faz um paralelo dos últimos 14 anos do PT à frente do Governo Federal com o que tinha a oferecer Fernando Haddad (PT), que amargou a derrota neste segundo turno. Ele destacou que neste período, o Estado baseou-se em simplesmente lutar para receber as ‘migalhas’ do Fundo de Exportações, onde sempre foi tratado como se estivesse à margem do Brasil.
“Eu tenho conversado muito com o presidente, justamente no sentido de Mato Grosso que é a locomotiva do país, neste momento estar precisando de trilhos para andar e de combustível para poder puxar o país. Eu tenho dito aqui para o presidente que colocar dinheiro em Mato Grosso não é despesa, mas investir no Brasil”, destacou.
O senador pontuou que se fizer um investimento na segurança do Estado fechando a fronteira com a Bolívia, beneficiará os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais entre outros, pois estará impedindo a entrada de drogas e armas.
Ele ainda analisou que se for feito um investimento nas estradas de Mato Grosso, irá baratear o custo da produção, tornar os produtos brasileiros mais competitivos nos demais países. Da mesma forma caso invista em ferrovia.
“Ele estará beneficiando o país e ajudando Mato Grosso a ajudar o Brasil. Então, as perspectivas para Mato Grosso com a eleição de Bolsonaro são muito boas. Diferente do Haddad, Bolsonaro vai colocar um governo sendo uma coisa nova e nós teremos participação podendo inserir Mato Grosso nesse processo”, pontuou.
Medeiros disse que Mato Grosso não precisa de discurso, podendo convencer o governante por si só, a exemplo disso, é o atual presidente da República, Michel Temer (MDB), que em visita ao Estado ficou encantado com as belezas da agricultura mato-grossense, parecendo um ‘menino na Disneylândia’ quando o helicóptero sobrevoava as plantações de soja, milho e algodão.
O senador acredita que o novo presidente vai poder ‘debruçar’ os olhos sobre Mato Grosso e fazer com que o Estado tenha o seu espaço, proporcional a sua importância no cenário nacional.
“O que o Brasil precisa neste momento é, acima de tudo, gerar emprego. Eu sei disso porque, por mais que eu não seja economista, o que aperta o seio da família extremamente pobre e que faz diferença na vida de uma pessoa é estar empregado e ter o que receber no fim do mês. E pior é o desespero de não receber e as contas chegarem”, frisou.
Completando ainda que no momento que um presidente conseguir uma política que gere riquezas e empregos, o país vai para frente.
Medeiros relatou que quando chegou em Brasília, observou que o governo Dilma Roussef (PT) estava decidido a não pagar mais o FEX pela compensação da Lei Kandir, alegando que Mato Grosso teve uma explosão de produção tornando-o um Estado que gerou mais empregos, onde todos ganharam com a roda da economia girando e com isso se beneficiou indiretamente, não precisando que a União compense.
No entanto, ele se contrapôs 'indo para cima' junto com alguns senadores e parlamentares da bancada federal, conseguindo que o governo Dilma pagasse o FEX daquele ano. Medeiros disse que o Estado não precisa que mandem dinheiro para ele, mas que atendam às necessidades existentes como na área da saúde e que o dinheiro federal chegue na ponta para que vire benefício para as pessoas, assim como o dinheiro da União chegue na infraestrutura.
“A gente não pode ficar esperando 11 anos por uma rodovia porque o Ibama achou uma casa de morcego a 2 km de distância de onde ela vai passar e essa licença não sai. Então, esse viés ideológico ele tem que acabar e aí teremos estrada, o dinheiro da saúde vai direto para os municípios, esse tipo de coisa, pois Mato Grosso não quer muito somente o dele”, disparou.
Medeiros avaliou que no governo Dilma, o Brasil era como um 'trem desgovernado' e na gestão de Temer a economia ficou mais tranquila, observando que o país passou a tomar outro rumo.
Líder da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional, Medeiros convocou uma reunião com os 11 parlamentares do Estado, nesta terça-feira (30), para discutir a destinação das emendas para o próximo ano. A reunião será no gabinete do senador e contará com a presença do governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM).
“A tendência agora com o novo presidente na grande imagem de proporção, é que se tenha as grandes medidas que o Brasil precisa e com essa bancada nova sem vícios, mais o Mauro Mendes, estou muito otimista. Creio que para Mato Grosso será uma relação muito boa, é um oxigênio, essas trocas são importantes”, afirmou.
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