Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 14:37 - A | A

15 de Setembro de 2017, 14h:37 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO MALEBOLGE

Maggi, conselheiros do TCE e Pinheiro são destaques em matéria no Jornal Nacional

Marisa Batalha



(Foto: Reprodução)

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi (PP) foi um dos grandes destaques do Jornal Nacional - da TV Globo - na noite desta última quinta-feira (14). O senador licenciado e ex-governador de Mato Grosso, teve documentos e computadores sequestrados na operação Malebolge desencadeada pela Polícia Federal, na 12ª fase da operação Ararath. 

 

Documentos e objetos foram sequestrados pela Justiça, de seu apartamento no prédio funcional do Senado Federal, na Asa Sul de Brasília. Funcionários e policiais legislativos do Senado acompanharam as buscas da PF. Em Mato Grosso, houve buscas ainda em uma sala comercial em Cuiabá e na sua residência, em Rondónopolis.

 

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob argumento de indícios, por parte de Maggi, de obstrução à Justiça, após ser denunciado pelo ex-gestor estadual peemedebista, Silval Barbosa, que em delação premiada confessou que ele[Silval] e Maggi teriam pago R$ 6 milhões ao ex-secretário Eder Moraes para mudar depoimento dado à Justiça em 2014, em suposta compra de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.

 

O JN ainda revelou que o ministro teria enviado um recado para Barbosa, pelo senador Cidinho Santos(PR), quando o ex-gestor ainda estava preso no Centro e Custódia de Cuiabá, onde ficou por quase dois anos. Maggi teria mandado avisar que iria tentar anular as investigações contra o peemedebista, em troca do silêncio de Silval.

 

A matéria da TV Globo ainda voltou a mostrar as gravações em que aprecesse o deputado federal do Partido Progressista,, Ezequiele Fonseca e do prefeito de Cuiabá, o peemedebista Emanuel Pinheiro. Ambos recebendo - na sala do chefe de gabinete de Silval, Sílvio Corrêa -, maços de dinheiro. No caso específico de Pinheiro o vídeo reporta à época em que era deputado estadual. A suposta propina seria uma espécie de 'mensalinho' repassados aos parlamentares, como forma de assegurar apoio aos projetos de governo de Silval, na AL. Além de garantir ainda que as obras da Copa não fossem alvos de investigações. 

 

Pinheiro que foi um dos alvos dos 64 endereços, em dois Estados e em Brasília, desencadeada pela operação, em cumprimento de ordens judiciais de buscas e apreensões, na capital, tem dito, na maioria das vezes por meio de nota, que provará sua inocência no fórum adequado: a Justiça.

 

A reportagem da Globo - à exemplo do que foi veiculado durante todo o dia de ontem -, também mostrou o afastamento do conselheiros José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo, também alvos da delação de Barbosa, por acordarem com o peemedebista uma propina de R$ 53 milhões, divididos entre os cincos conselheiros, para que o TCE deixassem 'rolar solto' os esquemas de desvios realizados nas obras para a Copa do Mundo, quando ele ainda comandava o Palácio Paiaguás.

 

Ainda de acordo com a reportagem, além de se pautar na delação de Silval, o esquema - que funcionou entre 2006 e 2014 -, já era investigado no âmbito da Ararath.

 

Operação Malebolge

 

Os mandados cumpridos nesta quinta-feira fazem parte da Operação Malebolge. O nome da operação da PF se refere ao Conto “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, no qual o autor descreve um lugar no Inferno. 

 

Na obra, este era o oitavo círculo do Inferno, dividido em 10 vales. “Existe um lugar no oitavo círculo do inferno chamado Malebolge, e é feito de pedra de cor ferrenha, como as paredes da encosta que o rodeia”.

 

De acordo com Alighieri, nos 10 vales do círculo ficam pessoas diferentes para cumprir modalidades de fraudes distintas. A descrição na obra é de que a faixa que resta, entre o poço e a encosta, é redonda e se divide em dez valas, concêntricas, cada uma mais baixa que a anterior. No conto, uma das almas penadas no Inferno diz; “Estou aqui por que fui um adulador e enganei pessoas com minha língua perversa”.

 

 Confira no link reportagem na íntegra

 

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