Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)
O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), candidato ao governo, criticou o governador Pedro Taques (PSDB) por seu suposto envolvimento no esquema de desvios de R$ 56 milhões na Secretaria de Estado de Educação. O tucano foi citado em delações premiadas concedidas a Justiça por Alan Malouf e Permínio Pinto.
De acordo com as recentes informações veiculadas na Folha de São Paulo, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal teria aceitado as delações do empresário Alan Malouf e do ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto, já homologadas na Procuradoria Geral da República.
Ambos foram investigados e presos na operação Rêmora, por supostamente desviarem R$ 56 milhões na Seduc, por meio de licitações fraudadas em reformas e construções de escolas no Estado.
Mendes disse que o fato de Taques ter sido citado no caso de corrupção envergonham o Estado.
“Eu duvido que um jornal da envergadura da Folha de São Paulo, com circulação nacional, se submeteria a uma denúncia eleitoreira. E também duvido que o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal iriam aceitar uma delação sem que houvesse farta documentação e provas robustas sobre aquilo que estava sendo delatado. Nós lamentamos que mais uma vez Mato Grosso e esta administração estejam envolvidos em coisas que envergonham a todos nós”, declarou.
Nessa terça-feira (28), o governador tucano questionou a delação de Alan e Permínio. ‘Isso é processo eleitoral. Engraçado, ao que consta, essa delação teria sido feita em dezembro e só agora, às vésperas da eleição, o conteúdo do documento é vazado. Por que não apareceu antes? ’.
A delação de Malouf – sócio do Buffet Leila Malouf –, foi homologada no dia 19 de abril. Ainda que os depoimentos do empresário cuiabano estejam sendo mantidas em sigilo de Justiça, sabe-se, no entanto, que além de ter admitido sua participação no esquema de caixa dois na campanha de Taques, quando teria lhe repassado R$ 10 milhões, ainda foi um dos líderes do esquema de desvios de dinheiro público na Seduc, onde pensou junto com a organização criminosa instalada na pasta, em recuperar os recursos não contabilizados para a campanha de Taques, na disputa pelo governo, em 2014.
Como na colaboração com a Justiça de Malouf, também o ex-secretário da Seduc, que teve sua delação divulgada nessa terça-feira (28), tendo ficado por conta da Rêmora, cinco meses preso, o esquema foi montado como uma forma de ‘recuperar’ o dinheiro investido em campanha nas eleições de 2014.
Permínio ainda teria entregado como evidência da participação de Taques, mensagens do WhatsApp em que ele teria pedido ‘facilidades nas licitações’ da pasta.
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