Cuiabá, 12 de Maio de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 15 de Junho de 2018, 16:12 - A | A

15 de Junho de 2018, 16h:12 - A | A

POLÍTICA / ‘CONTINUA PRESO’

Justiça nega pela terceira vez pedido de liberdade a Paulo Taques

Luana Valentim



Reprodução

PAULO TAQUES

 

O advogado Paulo Taques, ex-secretário de Casa Civil e primo do governador Pedro Taques amargou nesta sexta-feira (15), o indeferimento de seu terceiro pedido de liberdade. 

 

O indeferimento foi feito pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

 

 

O advogado tentou – mais uma vez -, reverter a prisão preventiva decretada pelo desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), no dia 9 de maio, por suposta participação em esquema de desvios e lavagem, por meio de licitações fraudulentas que teria desviado pelo menos R$ 30 milhões no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

 

 

O ex-secretário teve seu primeiro pedido de liberdade negado pelo desembargador José Zuquim Nogueira quando buscou o habeas corpus no TJ, no dia 25 de maio. Já o segundo pedido de reconsideração foi protocolado em habeas corpus sob relatoria da ministra Maria Thereza, negado liminarmente no dia 6 de junho.

 

 

 

Sua prisão se deu durante a Operação Bônus, 2ª fase da Bereré. Além do advogado, foram presos também seu irmão Pedro Zamar  (ambos primos de Taques), o deputado estadual Mauro Savi (DEM) e os empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” e José Kobori.

 

 

Paulo Taques ainda aguarda julgamento de outro habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, considerada a última instância para decisões. Seu irmão, Pedro Zamar, requereu pedido de reconsideração semelhante, mas também deve seguir preso. 

 

 

O ESQUEMA

 

O esquema foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

 

No depoimento, ele ainda revelou que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM), teria se beneficiado com valores autos com um esquema no Detran. 

 

 

Ainda conforme seu depoimento, as fraudes foram no serviço de registro de contratos de financiamento de veículos, por meio de uma empresa ligada a ele. 

 

Segundo e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB), já há 29 dias preso no Centro de Custódia de Cuiabá e à espera da aprovação do desembargador José Zuquim, nesta quinta-feira (07), de um possível alvará de soltura, após a aprovação na Assembleia Legislativa, por 13 votos, pela sua saída da cadeia.

 

 

Já o presidente da Casa de Leis teve também seu nome citado por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran. 

 

 

Em depoimento prestado em fevereiro deste ano ao Gaeco, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa se tornou sócio da empresa com o interesse exclusivo de receber vantagem indevida. 

 

 

Segundo o empresário, o parlamentar disse que tinha se integrado ao quadro societário da empresa para receber uma dívida e que, após recebê-la, começou a ser cobrado para o pagamento de outras vantagens. Ele disse ainda que o deputado afirmou que pretendia sair do quadro de sócios da empresa, o que aconteceu dias depois. 

 

 

Também foram citados os parlamentares Ondanir Bortolini Nininho (PSD), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB) e José Domingos (PSD). Segundo o MPE, a organização era composta por três núcleos Autônomos, Liderança, Operações e Subalterno

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia