Claryssa Amorim
Única News
O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, marcou para o dia 30 de março deste ano a audiência que decidirá sobre a suspensão da ação contra o ex-secretário de Segurança Pública e delegado aposentado, Rogers Jarbas, por ameaças ao delegado Flávio Stringuetta.
Em um mercado da Capital, em março de 2019, Jarbas teria encontrado o colega de profissão e passou a persegui-lo no local. No estacionamento, o delegado aposentado o chamou de “safado” e incitou Stringuetta a resolver o problema de “homem para homem”.
O Ministério Público do Estado (MPE), inicialmente, denunciou Jarbas por ameaça. A perseguição de Jarbas ao delegado se deve ao fato de que Stringuetta o investigava no caso das interceptações telefônicas ilegais, esquema que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.
Na audiência marcada para março, o magistrado deve analisar o pedido do MP, que manifestou pela suspensão, pelo período de dois anos, da ação penal contra o delegado aposentado.
“Desta forma, DESIGNO o dia 30/03/2020, às 14h00m, para apresentação da proposta do Ministério Público de suspensão condicional do processo”, decide o juiz.
Caso o magistrado decida suspender a ação, Jarbas terá que cumprir as seguintes determinações: não se ausentar de Cuiabá sem a permissão da Justiça; comparecer mensalmente ao juízo; não mudar de endereço sem autorização judicial; além da fixação de multa no valor de cinco salários mínimos.
No pedido de suspensão, o promotor Reinaldo Rodrigues entendeu que Jarbas preenche os requisitos para que a ação seja suspensa por um período de dois a quatro anos, de acordo com o artigo 89 da Lei n° 9.099/1995.
“(...) Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.”
A investigação
Rogers Jarbas é investigado por, supostamente, tentar obstruir as investigações da Grampolândia Pantaneira. Ele estaria envolvido em esquema desbaratado pela Operação Esdras, da Polícia Civil, que trouxe à tona uma tentativa de comprometer e afastar das investigações o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Ele foi preso na Operação e solto com a determinação do uso de tornozeleira eletrônica.
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