Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 23 de Outubro de 2018, 13:19 - A | A

23 de Outubro de 2018, 13h:19 - A | A

POLÍTICA / "ELE TAMBÉM É RESPONSÁVEL"

Janaina apresenta pedido de afastamento de Taques após delação de Malouf

Luana Valentim



Foto: (Reprodução/Web)

JANAINA

 

A deputada estadual Janaina Riva (MDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, em entrevista à Rádio Vila Real FM, nesta terça-feira (23), declarou que irá apresentar na sessão plenária desta terça, um pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB), com base na delação do empresário Alan Malouf, que afirmou em depoimento que o tucano era ciente e concordou com desvios no Departamento Estadual de Trânsito e na Secretaria Estadual de Educação para pagar as empresas que financiaram o caixa 2 de sua campanha.

 

A parlamentar destacou que pelo fato de Taques ser citado na delação, pretende apresentar um pedido de afastamento, embasado na improbidade administrativa cometida pelo governador quando tomou ciência pelos atos de corrupção, concordando com isso e não cometendo nenhum ato em sua gestão para evitar que isso acontecesse, entendendo então, que o tucano também se torna responsável.

 

“Então eu vou entrar hoje com um pedido de afastamento dele, baseando nesta questão da responsabilidade e se o presidente decidir, isso vai para análise do plenário. Eu espero que o Botelho faça isso mostrando que a Assembleia é independente. E tem que dar a oportunidade do povo saber como os deputados que estão na Assembleia pensam e se posicionam sobre um governador como aconteceu com Pedro que foi delatado e sabemos que para uma delação ser homologada tem que ser rica em provas”, avaliou.

 

Com relação a questão das delações, principalmente no que tange na questão dos deputados, Janaina disse que sempre achou que a Justiça é quem deve tomar conta disso por ser isenta politicamente falando, não havendo interesse político no que tange as delações polêmicas como a do ex-governador Silval Barbosa (sem Partido) e de Malouf.

 

Janaina destacou que esta questão da delação, na verdade, desde o início quando entrou na Assembleia evitou ficar falando delas para não ser acusada de estar fazendo uso político de uma questão judicial, inclusive, como foi colocado o nome do seu pai, o ex-deputado José Riva que participa de algumas delas.

 

“E todo o momento quando eu tentava falar algo a respeito, as pessoas sempre me colocavam em suspeição. Então como fazer uma ligação que era negativa para mim enquanto parlamentar? Eu evitei ficar entrando no tema dos deputados. Hoje por exemplo se eu for fazer uma fala dos deputados que foram delatados, vão dizer que estou fazendo isso por ser candidata a Mesa Diretora e que quero usar isso para prejudicá-los”, relatou.

 

Ela disse que está tentando formar um grupo com outros deputados, sendo alguns novatos e outros já com mandato, para poder pleitear um espaço na Mesa Diretora, não significando que seja para presidente ou primeiro-secretário.

 

Janaina acredita que do ‘jeito que está, não dá mais para ficar’, avaliando que o atual presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM) e o primeiro-secretário, Guilherme Maluf (PSDB), já contribuíram com o Parlamento. Ela ainda frisou que não pretende criar outro deputado Riva, sendo eles mesmos que criticavam o fato de seu pai sempre estar ocupando um cargo na Mesa.

 

“Eu acho que querer continuamente estar na Mesa não faz bem para a Assembleia nem para o deputado que se sujeita a isso como aconteceu com o meu pai. Eu vi o quanto isso foi ruim para ele e para a Assembleia que hoje está pagando muito caro por isso. Então eu acho importante a gente renovar a AL”, destacou.

 

Já sobre o VLT, a emedebista disse que se for para ficar causando prejuízo, como de fato está acontecendo, pois de 2015 até agora já foram mais de R$ 500 milhões de prejuízo da obra parada, ela sugere ou  que se venda o que tem fechando de vez essa cicatriz que corta Cuiabá e Várzea Grande reconhecendo assim que não tem condições de concluí-la, sendo que já até morreram pessoas no local, ou que de fato façam uma parceria Público-Privado para terminar a obra.

 

“Eu coloquei como primeira opção vender, porque não existem interessados em concluir a obra que se tornou inviável para qualquer empresa privada, até onde eu sei. Agora é claro que se o governador Mauro Mendes tiver uma alternativa econômica, a gente vai apoiar”, frisou.

 

A parlamentar explicou que não apoiou quando o deputado tucano Wilson Santos apresentou isso com o Taques na Casa, porque primeiro eles fizeram um relatório dizendo que estava superfaturada e que a obra era inviável sem ter como terminar, sendo o quilometro mais caro da passagem. E depois fizeram um novo relatório contradizendo as informações anteriores, inclusive, recebendo a negativa do próprio Ministério Público por conta disso.

 

“Como que eu falo que uma coisa que não prestava, agora presta? Continuar com a mesma empresa, sendo ela delatada. Uma empresa que superfaturou valor e devolveu para o ex-governador. E queria continuar com essa mesma empresa. Foi isso que eu achei que seria inadmissível aceitar. Então essa é a questão do VLT”, questionou.

 

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