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POLÍTICA Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2018, 07:37 - A | A

20 de Dezembro de 2018, 07h:37 - A | A

POLÍTICA / "COMETENDO DESLIZES"

Gustavo Oliveira diz ser contra o corte do Sistema S proposto por Paulo Guedes

Luana Valentim



(Foto Maria Anffe | GCom-MT)

Gustavo Oliveira

 

O presidente da Federação das Industrias no Estado de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (19), se manifestou contra o corte do Sistema S proposto pelo ministro de Economia na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes.

 

Gustavo disse que Paulo Guedes, apesar de ser muito competente trazendo propostas revolucionárias para o país tendo a coragem de atacar dogmas que muitos governos com mais popularidade e capacidade de fazer enfrentamentos não tiveram, o economista acaba cometendo alguns deslizes.

 

“Ele fala abertamente da reforma da previdência, da reforma tributária e de diversas reformas estruturais que são muito importantes para o país. O problema é que nessa empolgação, as vezes ele comete alguns deslizes e nós precisamos sim reagir e pautar, dentro da verdade, os assuntos da nação”, afirmou.

 

O empresário pontuou que primeiro é preciso reconhecer qual é o problema do país nesse momento. Ele avalia que há três que precisam ser enfrentados, iniciando pelo desajuste nas contas públicas e se não houver uma reforma do Estado, um corte agudo na estrutura de governo, que é muito inchada no país inteiro, não adianta gerar mais impostos o que a sociedade também já não aguenta mais.

 

Ele relatou que há 43% do PIB como carga tributária, além de pagar impostos em cima de itens básicos para sobreviver como cesta básica, tornando a vivência no país cada vez mais cara. E grande parte desse alto preço no país vem dos impostos, não adiantando transferir mais dinheiro para o setor público, pois é necessário que se faça uma adequação tendo em vista que o país passou pela maior crise já vivida nos últimos anos.

 

Outros dois problemas destacado por Gustavo, é a falta de desenvolvimento econômico onde o pais retornou o seu crescimento, porém, ainda em um regimento muito tímido nos últimos quatro anos e junto a isso, o desemprego que, conforme o IBGE, há 12 milhões de pessoas sem empregos e os números mostram que 8 milhões de pessoas já ocuparam cargos importantes no mercado de trabalho, sobrevivendo hoje com empregos onde ganham menos e requerem menos qualificação das que possuem.

 

“Então, o problema do desenvolvimento econômico reduzido e do desemprego no país são dois problemas gigantes que esse governo vai ter que enfrentar. E na nossa visão, o sistema S é a estrutura com maior capacidade de resposta a esses dois desafios. O apoio aos empresários, ao investimento e a qualificação da mão de obra preparando o trabalhador brasileiro para esse novo momento econômico”, frisou.

 

Gustavo disse que o trabalhador e o empresário brasileiro ainda não têm qualificação para enfrentar os grandes desafios do mercado internacional, então desarmar o sistema S e reduzir os seus recursos aparenta ser um grande engano no enfrentamento dos dois problemas citados por ele.

 

O sistema S é financiado, ao contrário do que querem fazer crer, por outra fonte que não é a contribuição sindical nem mesmo a confederativa. Ressaltando que a reforma trabalhista do ano passado atingiu os sindicatos patronais e laborais, o que significa que eles recebem menos contribuição sindical hoje do que antes.

 

O financiamento é de um percentual da contribuição sindical das empresas que é destinado ao sistema S, então, isso é um recurso privado que tem a alíquotas que variam de 0,7% até 2,5% do total da folha de pagamento do segmento industrial que o empresário paga para o sistema para ter de volta os serviços como os do Senai que em Mato Grosso já foi eleito por cinco anos como o melhor do Brasil e por mais dois anos ficou em segundo lugar em qualificação de profissional. Além do atendimento de saúde ocupacional e lazer para o trabalhador.

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