Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 17:51 - A | A

15 de Setembro de 2017, 17h:51 - A | A

POLÍTICA / MALEBOLGE

Fabris se apresenta à PF e segue após depor para Centro de Custódia de Cuiabá

Da Redação



(Foto: AL-MT)

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O deputado estadual, Gilmar Fabris (PSD), prestou esclarecimentos à sede da Polícia Federal no início da tarde desta quinta (15), diante das investigações na operação Malebolge, deflagrada na manhã desta quinta (14). O parlamentar estava na companhia dos advogados de defesa. 

 

O delegado federal Wilson Rodrigues é o responsável por ouvir Fabris. Após o interrogatório, o deputado segue para o Instituo Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito e depois para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

 

A Polícia Federal expediu um mandado de prisão ao deputado estadual por obstrução a justiça.  Em uma primeira nota à imprensa, o deputado disse que respeita o papel da Justiça no seu dever de investigação e no momento oportuno vai apresentar sua defesa. 

 

"O parlamentar está disposto a colaborar com as investigações da Procuradoria Geral da República para estabelecer a verdade dos fatos", diz trecho da nota.

 

Segundo informações relatadas com exclusividade ao Site Única News, testemunhas declaram aos agentes da PF que, pouco antes, de chegaram na Assembleia Legislativa para cumprirem mandados de busca e apreensão em sete gabinetes de parlamentares, Fabris teria fugido do órgão com computadores e documentos.

 

Com as declarações, a PF expediu o mandado e segue em busca do deputado. A assessoria do gabinete do deputado revelou ao Site que o parlamentar está em Rondonópolis, cumprindo uma agenda política. E, não soube precisar se até o momento o deputado foi encontrado. No entanto, confirmou que o mandado de prisão foi expedido.

 

Em outro momento, ainda nesta manhã, o parlamentar negou que tenha agido para destruir provas ou obstruir a Justiça. "Ao tomar conhecimento da ordem de prisão pegou a estrada em direção a sede da Polícia Federal em Cuiabá para se apresentar acompanhado dos seus advogados de defesa", ressaltou.

 

Em grupo de WhatsApp, a assessoria da PF afirmou que não pode confirmar sobre a expedição ou não do mandado.

 

"Colegas houve um equívoco no tratamento das informações. Na manhã de hoje equipe da Polícia Federal cumpriu mandado de buscas na residência do Fabris, em Cuiabá. E ele não foi encontrado. Quanto ao fato de existir ou não mandado de prisão para ele a PF não pode confirmar ou não que exista. Pois o processo corre em segredo de justiça e não comentamos a respeito mandados de prisão em aberto".

 

Na residência

 

Após cumprirem mandado de busca e apreensão em mais de 64 endereços em Mato Grosso, Distrito Federal e São Paulo, a Polícia Federal (PF) visitou no início desta sexta-feira, o apartamento do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), na Capital.

 

O parlamentar possui um apartamento no bairro Santa Rosa, no edifício Campo D'Ourique. Os agentes da PF em Cuiabá saíram da residência com documentos e um aparelho eletrônico.

 

O deputado estadual foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

 

Conforme a denúncia, o parlamentar junto com outros 23 colegas da Casa de Lei, receberam mensalinho para garantir apoio do Legislativo ao governo tanto de Blairo Maggi, hoje ministro de Agricultura e Pecuária, como de Silval.

 

Outro evento envolvendo o nome do deputado foi, segundo a delação, o recebimento de propina, no montante de R$ 8 milhões, para comprar cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Esquema que não foi concluído, pois conforme Silval, Fabris teria desistido.

 

Gilmar Fabris também foi gravado questionando o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cesar Corrêa, sobre a quantia de dinheiro recebida por ele. O montante fazia parte da propina paga aos deputados, como 'mensalinho'.

 

A operação

 

A Malebolge foi desencadeada em dois Estados e em Brasília, contra alvos citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). E ainda estão sendo cumpridos mandados em 64 endereços. Em Mato Grosso, a operação teve como alvo, além de Pinheiro, vários parlamentares e já causou o afastamento de cinco conselheiros no Tribunal de Contas do Estado.

 

Policiais federais ainda estão cumprindo os mandados nos municípios de Tangará da Serra, Juara, Araputanga, Pontes e Lacerda, Sorriso e Sinop e Rondonópolis. Segundo a PF, há 270 policiais federais e procuradores da República envolvidos na operação.

 

Confira notas na íntegra: 

 

"O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) afirma que respeita o papel da Justiça no seu dever de investigação e no momento oportuno vai apresentar sua defesa. 

 

O parlamentar está disposto a colaborar com as investigações da Procuradoria Geral da República para estabelecer a verdade dos fatos."

 

Outra justificativa

 

"Com relação ao pedido de prisão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) nega que tenha agido para destruir provas ou obstruir a Justiça. 

 

O parlamentar estava desde ontem em Rondonópolis. Ao tomar conhecimento da ordem de prisão  pegou a estrada em direção a sede da Polícia Federal em Cuiabá para se apresentar acompanhado dos seus advogados de defesa.  

 

A legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável, o que não se enquadra ao caso e será questionado pela defesa".  

 

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