Euziany Teodoro
Única News
O envolvimento do ex-senador por Mato Grosso, Cidinho (PL), na 4ª fase da Operação Carne Fraca, deflagrada nesta terça-feira (1), se deve a pagamentos de propina a um veterinário do Serviço de Inspeção Federal (SIF). As informações constam na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).
O veterinário Davy Marcelo de Matos Gregório recebia a propina da Brasil Foods (BRF), por meio de pessoa jurídica, e emitia notas fiscais de uma empresa de fachada, por serviços que teriam sido prestados à União Avícola, empresa de Cidinho.
A União Avícola, por sua vez, era responsável pelos pagamentos diretamente ao veterinário e, em troca, era compensada em encontros de contas com a BRF, como consta em e-mail entre dois funcionários, apresentado pelo MPF.
“Suportava o pagamento feito pela União Avícola para a empresa de Davy, em virtude de sua atividade junto ao SIF, havendo posterior encontro de contas entre União Avícola e BRF”, diz a denúncia.
Davy Gregório era vinculado à prefeitura de Nova Mutum e trabalhava no SIF. O contrato encerrou em agosto de 2017, quando ele se tornou funcionário da própria BRF.
Carne Fraca
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (1), a 4ª fase da Operação Carne Franca, denominada "Romanos", em Mato Grosso e outros oito Estados. Foram 68 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR).
Os Estados alvos são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A operação investiga crimes de corrupção passiva praticados por Auditores Fiscais Agropecuários Federais em diversos Estados, em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação.
Em Cuiabá, foi alvo o escritório do ex-senador Cidinho (PL), além de uma propriedade dele em Nova Marilândia (a 274 km de Cuiabá).
MPF
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!