Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍTICA Sábado, 16 de Setembro de 2017, 17:16 - A | A

16 de Setembro de 2017, 17h:16 - A | A

POLÍTICA / EFEITO DELAÇÃO

Deputado garante que não pediu propina para Rodrigo Barbosa

Por Lara Belizário/ Única News



wagner ramos

 

Durante entrevista da uma rádio na Capital, na última sexta-feira (15), o deputado estadual, Wagner Ramos (PSD), afirmou que nunca pediu, nem recebeu barrar a CPI da copa. E, ainda garantiu que vídeo com Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador de Silval Barbosa (PMDB), foi armado para gravarem sua imagem.

 

Na última quinta-feira (14), o gabinete do parlamentar no Legislativo e sua residência em Tangará da Serra (a 242 Km de Cuiabá), foram alvos da Polícia Federal, ao cumprirem o mandado de busca e apreensão.

 

Ação faz parte da Operação Malebolge, que tinha como objetivo coletar computadores, documentos e materiais que comprovassem os fatos relatados pelo ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), durante delação premiada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

 

Na entrevista o deputado negou quaisquer acusações imputadas a ele na delação. E ainda, garantiu que, apesar da surpresa, faz uma avaliação positiva da operação. "Nós fomos delatados pelo Silval e a PF precisa investigar. E, para isso, precisa recolher dados e informações".

 

Questionado sobre o vídeo que aparece com o filho de Silval, ele declarou que realmente esteve com Rodrigo, por duas vezes, mas que nas ocasiões teria ido ao encontro para tratar de negócios. Segundo ele, nenhum dos motivos das reuniões tinha ligação com a CPI da copa.

 

"Eu fui procurado por um amigo, que tem uma área de garimpo em nossa Senhora do Livramento. Ele me encontrou para propor uma sociedade para tocar aquele garimpo. Na reunião, eu disse que não tinha esse recurso, e ficou nisso por uns dias", contou o deputado.

 

De acordo com o parlamentar, após alguns dias seu amigo foi ate seu gabinete na Assembleia Legislativa questionando se ele conhecia Rodrigo Barbosa. A ideia de seu amigo era alugar o maquinário de Rodrigo, sendo assim fazer negócio com ele.

 

"Meu amigo me disse: esse cara tem um garimpo parado lá no município. Tem todos os equipamentos e de repente ele aluga para você com um preço em conta. Por isso, eu fui ligar para ele, fui falar de negócio", afirmou.

 

Segundo o deputado, ele e um amigo se encontraram duas vezes com Rodrigo. No primeiro encontro Wagner teria apresentado a proposta. E, diante disso Rodrigo pediu um segundo encontro, pois precisaria conversar com a família para autorizar a locação.

 

"Na segunda vez que o encontrei, ele me disse que não ia dar certo e eu disse tudo bem. Então, ele disse que queria falar comigo, em particular. Assim que meu amigo saiu da sala e ele já me perguntou como estava a CPI da copa. Respondi que não sabia, pois estava de licença. Após isso, ele começou a contar que iria deixar lá R$10 milhões e eu fiquei sem jeito. Depois disso, começou a me perguntar quem era o relator e os membros da CPI. Mostrei para ele os nomes e, logo depois, tomei o papel de sua mão e disse: 'risca meu nome que estou fora disso'. Após a minha recusa ele falou que assim era melhor", declarou.

 

 

Na entrevista, após explicar como aconteceram os fatos até chegar à gravação que foi entregue como prova das negociatas e pagamento de propina, o deputado voltou a garantir inocência. E, ainda reiterou que Rodrigo sugeriu que esse tipo de negociação - pelo atraso da CPI - estava acontecendo entre ele os membros da comissão. (Com informações da Rádio Capital Fm 101.9)

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