Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 03 de Novembro de 2017, 13:58 - A | A

03 de Novembro de 2017, 13h:58 - A | A

POLÍTICA / FLUXO DE CAIXA

Crise leva Taques a escalonar salários e realizar cortes nas despesas

Rayane Alves



 

(Foto: Gcom-MT)

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O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou na manhã desta sexta-feira (03), no Palácio Paiaguás, que o Estado conta apenas com 85% do montante necessário, para quitar a folha salarial dos servidores até o próximo dia 10. Assim, caso as receitas não entrem - como previsto -, existe a possibilidade de escalonar os pagamentos dos servidores que ganham acima de R$ 5 mil.

 

O anúncio foi realizado durante coletiva à imprensa, para comunicar que vai liderar uma comitiva mato-grossense em viagem à China e a Alemanha, nas próximas duas semanas.

 

Taques afirmou que até terça-feira (07), há uma verba prevista para entrar nas contas do governo, porém com o caixa atual no vermelho, muito provavelmente os servidores terão o pagamento escalonado.

 

“Temos muito trabalho para fazer nesta semana. Existe essa possibilidade, mas nosso esforço é garantir a quitação da folha salarial. Agora, caso o pagamento seja de fato escalonado, vão receber primeiro os servidores de todas as secretarias que recebem até R$ 5 mil. Logo em seguida, o Estado deve se programar para pagar os trabalhadores que recebem entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. E, por último os que ganham acima de R$ 10 mil. As datas ainda não temos, no entanto, os pagamentos serão realizados de acordo com o fluxo de caixa”, detalhou o governador.

Já para conseguir cumprir com outros encargos, o governador anunciou que irá editar dois decretos que devem ajustar os contratos de Mato Grosso e ainda limitar os gastos nas pastas.

 

“Estamos muito otimistas em conseguir investimentos internacionais para sairmos da dificuldade financeira e ainda quitar a folha salarial dos quase 100 mil servidores. Tenho certeza que este momento será superado”, afirmou.

 

Os decretos contam com medidas de cortes nas despesas do Governo, tentativa de renegociação de débitos que o Estado tem com os fornecedores e ainda estará vetado qualquer reajuste salarial.

 

Conforme o procurador-geral Rogério Gallo, o primeiro decreto trata de uma tentativa de renegociação de débitos com os fornecedores de todas as secretarias, já que algumas pastas acumulam contratos administrativos em atraso há dois ou mais três meses.

 

“De um lado temos a pressão da folha de pagamento e do outro também existem os fornecedores. Com o fluxo de caixa que estamos tendo, há dificuldade para honrar todos esses compromissos e não podemos ter fornecedores que paralisem suas atividades, causando aí outros danos aos serviços públicos. Caso os contratados repactuem as condições de pagamentos teremos as dívidas alongadas em prazos”, disse Gallo.

 

Já o segundo decreto, será mais abrangente, pois inclui não somente as despesas de pessoal assim como as de custeio. O decreto deve ser dirigido por toda a estrutura do Poder Executivo. Um exemplo, segundo Gallo, é que com relação às despesas de custeio será imposto um limite para os gastos de energia elétrica, consumo de água; telefonia, combustível entre outros.

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