Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 09:25 - A | A

19 de Fevereiro de 2018, 09h:25 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO BERERÉ

Agentes levam documentos e computador da casa de Botelho

Wellyngton Souza



(Foto: Roger Perisson)

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Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) levaram documentos e um CPU da casa do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB). O deputado é um dos alvos de busca e apreensão durante operação Bereré, deflagrada na manhã desta segunda (19).

 

Ainda são alvos da operação o deputado Mauro Savi (PSB), além do empresário Valdir Daroit, irmão da ex-mulher do deputado Mauro Savi, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá), o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), servidores públicos e outros empresários beneficiados por desvios no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). Savi e demais envolvidos ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Os gabinetes dos deputados na AL também foram alvos. Policiais realizam buscas em Cáceres (a 250 km de Cuiabá), na casa do Henry e no prédio em que mora a filha.

 

Em Brasília, o escritório da empresa EIG Mercados seria um dos alvos da operação. A operação tem como base a delação do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o "Doia". A delação foi firmada há cerca de dois anos, mas somente neste ano foi homologada pelo Tribunal de Justiça.

 

Nos depoimentos, Dóia teria admitido um esquema de recebimento de propina da empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda., responsável pelo registro de financiamentos de contratos de veículos, necessário para o primeiro emplacamento.

 

Volumes milionários de dinheiro teriam em tese saído da FDL, em forma de propina, e alimentado uma organização criminosa desde 2009. O irmão do ex-governador Silval Barbosa, empresário Antonio Barbosa, em delação premiada junto a Procuradoria Geral da República, também entregou o esquema. Ele admitiu ter recebido propina relativo ao contrato com a EIG Mercados.

 

O suposto esquema renderia algo em torno de R$ 1 milhão mensais. O dinheiro era sacado em uma agência do Banco do Brasil, no Distrito Industrial, em Cuiabá.

 

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), os mandados de busca e apreensão foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e estão sendo cumpridos pelo Gaeco e Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O esquema é investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Defaz) em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). (Com assessoria)

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