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POLÍTICA Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2018, 15:33 - A | A

31 de Janeiro de 2018, 15h:33 - A | A

POLÍTICA / ALERTA À POPULAÇÃO

Advogado acha absurdo Savi desviar R$ 104 mi e presidir CPI

Wellyngton Souza



(Foto: Reprodução)

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O advogado e um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) no estado, Ulysses Moraes, disparou duras críticas após o deputado estadual Mauro Savi (PSB), acusado de desviar R$ 104 milhões em esquema na Sema, ter sido escolhido para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos desvios de fundos na gestão do governador Pedro Taques (PSDB).

 

O Pleno do Tribunal de Justiça (TJ-MT) recebeu a denúncia que acusa o deputado de ser um dos líderes do esquema investigado na operação Dríades, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que apura fraudes na secretaria.

 

A decisão foi dada por unanimidade no último dia 25. Com a determinação, o parlamentar passa a ser réu da ação penal. A denúncia foi oferecida em outubro de 2016, pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) do Ministério Público Estadual (MPE).

 

O advogado destacou em um vídeo publicado nesta terça, na página oficial do ‘Dez minutos de democracia’, no Facebook, que o deputado Mauro Savi é envolvido em esquemas de corrupções durante gestão do ex-governador Silval Barbosa.

 

“O deputado se tornou réu em esquema que envolve R$ 104 milhões. Ele teria chefiado esquema na fraude de créditos florestais na Secretaria do Meio Ambiente (Sema). O dinheiro arrecadado no desvio foi utilizado para pagar dívidas de campanhas eleitorais de 2014. Esse esquema foi confessado por uma servidora”, disse.

 

Em 2014, Mauro Savi recebeu 55 mil votos e foi o deputado mais votado. Outro escândalo envolvendo Savi e citado por Ulysses, foi após o parlamentar aparecer na delação premiada do ex-governador que foi homologada em agosto de 2017, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Silval apontou Savi como líder de uma quadrilha de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran).

 

“Este mesmo deputado teve seu gabinete e casa alvo de busca e apreensão acusado de estar coagindo e tentado obstruir as investigações [na operação Ararath deflagrada pela Polícia Federal, em 15 de dezembro], a polícia levou o celular do deputado”, ressaltou.

 

Ulysses Moraes destacou que o vídeo tinha como objetivo de alertar a população para que nas eleições deste ano esteja consciente do seu voto, alertando que é um objeto de garantia da democracia e constitucional.

 

"Essa mensagem é para lembrarmos e refletirmos até quando ficaremos numa sociedade refém de réus (...) Pense nos seus filhos, netos que precisam de saúde pública. Os valores aqui, objeto de suposta corrupção citados dariam para construir quase dois novos Pronto Socorros enquanto só temos uma obra que não fica pronta. Pense no coletivo, pense nas pessoas que morrem diariamente e vamos expulsar todos os políticos corruptos e acusados em vários crimes nessa eleição", ressaltou.

 

A CPI das Pedaladas, como ficou conhecida, foi instalada nesta terça (30), e é composta ainda pelos deputados Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), que ficou como relator e Adriano Silva (PSB) vice-presidente. A comissão irá investigar se a destinação de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi destinado para outras áreas.

 

Outro lado

 

Diante das acusações envolvendo o deputado estadual Mauro Savi em esquema na Sema, por meio de nota à imprensa, a defesa do parlamentar afirmou que considera normal o recebimento da denúncia e que o parlamentar "vai aproveitar a instrução processual para provar sua inocência, uma vez que não houve provas sobre sua participação no suposto esquema de fraudes em créditos florestais".

 

Já em relação a denúncia de corrupção no Detran, o deputado também por meio de nota, disse que não está na lista de investigados da Procuradoria Geral da República (PGR) e que a delação em que foi citado não conta com nenhuma prova. Além disso, afirma estar à disposição da Justiça para esclarecimentos.

 

E ainda, se defendeu das acusações após ser alvo de busca e apreensão. Savi disse que não é investigado em qualquer fase da operação Ararath, da Polícia Federal. E frisou que o mandado de busca e apreensão expedido pelo Tribunal Regional Federal - TRF 1 – foi para busca do aparelho de celular do parlamentar.  

 

Veja vídeo: 

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