Da Redação
Foto: Reprodução
Outro lado de perícia para saber a velocidade que a médica Letícia Bortolini dirigia quando atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, foi concluído por uma empresa forense e emitido, nesta sexta-feira (8), em cima de imagens colhidas em estabelecimentos ao redor do local do acidente. De acordo com o laudo, a médica estava a mais de 95km/h no momento do atropelamento.
A velocidade máxima no trecho é de 60 km/h. O atropelamento aconteceu no dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil, quando Bertolini e o esposo voltava de uma festa. O laudo desta vez foi realizado por laboratório independente da empresa "forense Lab". No laudo foi concluído também que o Jeep Compass estava sendo conduzido por Letícia.
O laudo aponta que o veículo atingiu dois pontos diferentes, sendo primeiro o verdureiro e em seguida um poste de iluminação. Assim, indica que ao atingir o verdureiro o veículo poderia estar em velocidade ainda maior, já que, no trecho analisado pelos peritos, o veículo já havia colidido com os dois pontos.
"Nota-se que ocorreu dissipação de energia em dois momentos distintos: o primeiro no atropelamento do pedestre e, no segundo, no poste de concreto, caracterizando que o veículo, no choque físico com esses dois elementos, estaria em velocidade estimada acima de 95 km/h, já que a velocidade ora estimada, além de ser subestimada, conforme exaustivamente argumentado pela técnica utilizada, esta foi aferida após as duas perdas de energia de colisões antes", conclui a análise.
A Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), por meio do delegado Christian Cabral, exigiu um novo estudo sobre o caso, pois não acredita que o veículo estaria a 30km/h, como emitido em outro lado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A Politec negou que essa afirmação seja conclusiva e criticou em nota os questionamentos do delegado.
“A Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, na busca da verdade real que é a missão finalística das investigações que realiza, solicitou a um laboratório independente um parecer técnico acerca do assunto”, disse o delegado Christian Cabral, responsável pelo caso, em nota encaminhada a imprensa.
O caso
A dermatologista, foi presa na noite de 14 de abril deste ano, em uma residência no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, após atropelar o trabalhador na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. No episódio, Letícia foi detida sob suspeita de estar alcoolizada na ocasião do acidente. E de acordo com a polícia, a médica não teria prestado atendimento e fugido. Ela estava acompanhada do marido, o médico urologista Aritony de Alencar.
A médica permaneceu presa por dois dias no presídio feminino Ana Maria do Couto May, quando teve o pedido de defesa acolhido pelo desembargador Orlando Perri, sob argumento de que ela teria um filho de um ano de idade e ainda por exames não apresentarem evidências de embriaguez, além de possuir “bons predicados pessoais”.
Devido a isso, o magistrado autorizou a soltura mediante o cumprimento de algumas medidas cautelares. Entre elas, a de comparecer mensalmente ao juízo, não frequentar bares e clubes, não ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes, além de não se envolver em outros delitos.
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