Da Redação
(Foto: Polícia Civil)
A mulher, de 28 anos, que foi presa suspeita de roubar uma recém-nascida em Santa Rita do Sapucaí (MG) e trazer para Mato Grosso, relatou que conheceu a mãe por um grupo da rede social. De acordo com a Polícia Civil, a Patrícia Severino da Silva, que adotaria a menina e a mãe não se conheciam, mas negociavam a adoção ilegal da criança.
Em entrevista coletiva, o delegado regional de Pouso Alegre, Renato Gavião, responsável pelo caso, informou que elas se conheceram pelo ‘Facebook’, em uma página chamada ‘Adoção espontânea’. Ainda conforme o advogado, o próximo passo, quem vai decidir é o juiz da Vara de Infância e Juventude de Santa Rita do Sapucaí.
“Através dessa página, as pessoas têm acesso a links de grupos no WhatsApp e elas se conheceram através de um grupo denominado ‘A última esperança’, no quais lá tem várias conversas de pessoas que querem adotar e de pessoas que querem doar os seus filhos”, disse o delegado.
Patrícia alega que a mãe não queria a criança e queria dar para alguém. Com isso, ela de o suporte necessário para a grávida, além de pagar o parto e que a bebê foi entregue a ela com o consentimento da mãe.
"Eu perguntei pra ela, você tem certeza que é isso que você quer, você vai dar mesmo, porque eu vou pagar o seu parto, eu vou ter gasto. Ela afirmou 'eu vou dar, eu não tenho condições de ficar com essa criança'. Eu já perdi três vezes um filho com esse meu (marido) atual e pouco tempo atrás eu descobri que ele não poderia mais ter filhos", disse a agente de viagens Patrícia Severino da Silva.
(Foto: Polícia Civil)
Porém, a mãe teria se arrependido em dar a menina e denunciou Patrícia com a suspeita de sequestro. Ela foi presa com a bebê, que estava com 15 dias de vida, no dia 20 de julho, quando chegava na Rodoviária de Cuiabá. Segundo a polícia, a bebê aparentava estar bem de saúde.
Patrícia, que é agente de viagens deverá permanecer presa até que uma decisão judicial reverta a situação. Conforme a polícia, a mesma mulher já foi presa em 2011 por ter sequestrado uma criança de uma maternidade em Rondônia. Ela também tem histórico por porte de documentos falsos.
"Nós estamos trabalhando, o delegado do caso irá trabalhar nesse sentido, de uma denunciação caluniosa por parte da mãe biológica. Então, nesse caso ela responderia por ter iniciado todo esse aparato policial através de uma denúncia falsa. A Patrícia consta a ela um mandado de prisão, então ela vai ficar presa até uma decisão judicial posterior", completou o delegado.
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